Notícias

Sede de secretaria no Centro sofre pelo menos cinco arrombamentos – OP

By 17/06/2016No Comments

Três inquéritos tramitam no 34º  Distrito Policial.

Segurança do órgão, na Cidade da Criança, foi reforçada pela Guarda Municipal e pela Polícia Militar

Quebrada, janela da Coordenaria do Idoso, na Cidade da Criança, foi vedada com a ajuda de tábuas

Quebrada, janela da Coordenaria do Idoso, na Cidade da Criança, foi vedada com a ajuda de tábuas

  No interior das casas que abrigam as coordenadorias da Secretaria Municipal da Cidadania e dos Direitos Humanos (SCDH), na Cidade da Criança, no Centro de Fortaleza, portas e janelas estão seladas precariamente por placas de madeira e fita adesiva — paliativo após pelo menos cinco arrombamentos recentes aos prédios, segundo representante da própria secretaria. O último foi na madrugada do dia 6.

“Entram, quebram janela, furtam alguma coisa, bagunçam as salas”, resumiu o coordenador da assessoria de comunicação da SCDH, jornalista Luís Costa. Quando O POVO visitou o local, na última sexta-feira, 10, o assunto entre os funcionários era de que os prédios haviam sido invadidos mais de dez vezes. Leitor que denunciou em sigilo os arrombamentos à reportagem chegou a mencionar 19.
Luís garantiu que foram feitos boletins de ocorrência para cada um dos arrombamentos. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Estado tem conhecimento de três inquéritos instaurados pela Polícia Civil para apurar os casos, ainda em investigação pelo 34º Distrito Policial. A pasta informou, porém, que a proteção da área do parque cabe à Guarda Municipal. Em nota, a assessoria de imprensa da Guarda afirmou que, após o último arrombamento, foi montada guarnição permanente no local.
Insegurança

O delegado do 34º DP, Romério Almeida, detalhou que o primeiro inquérito policial foi aberto há cerca de três meses e o último na semana passada — este, com perícia. Assim como o assessor da SCDH, ele estima cinco casos de arrombamento. Hoje, uma dupla de policiais militares reforça, de bicicleta, a segurança no local, à noite.

“Não há sistema de câmeras. Já buscamos nos arredores, procuramos informações sobre pessoas negociando algum objeto, um notebook que foi levado… ninguém soube informar. Vamos continuar as investigações”, comentou o delegado. Há suspeitas, segundo ele, de que os responsáveis sejam pessoas em situação de rua.
Mesmo com o reforço, nem a população que frequenta a Cidade da Criança — também chamada Parque da Liberdade —, nem os funcionários da SCDH que conversavam sobre as invasões disseram ver presença policial com frequência por ali. O funcionário público Francisco Odairton, 50, por exemplo, diz que a sensação de insegurança no espaço prevalece pela manhã. “Não tem guarda aqui, não tem nada. Tá com uns dois meses que não tem. Só vejo um porteiro”, relata. (Luana Severo)

Frase
ENTRAM, QUEBRAM JANELA, FURTAM ALGUMA COISA, BAGUNÇAM AS SALAS”.
Luís Costa, jornalista, coordenador da assessoria de comunicação da SCDH

Fonte: Jornal O Povo.