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Comércio cearense recua 8%; expectativa é por reação – DN

By 19/10/2016No Comments
<span style="color: #000080;"><strong>O segmento de tecidos, vestuário e calçados (1,5%) teve uma das menores retrações nas vendas do Ceará em agosto</strong></span> ( Foto: FERNANDA SIEBRA )

O segmento de tecidos, vestuário e calçados (1,5%) teve uma das menores retrações nas vendas do Ceará em agosto ( Foto: FERNANDA SIEBRA )

As vendas no comércio varejista cearense registraram um recuo de 8% no último mês de agosto, em relação a igual período de 2015, seguindo a tendência nacional. Ainda assim, a queda no Estado não está entre os mais representativas entre as 27 unidades da federação, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Ceará, o setor acumula queda de 11,6% no ano, e de 12,9% nos últimos 12 meses. Em agosto, as vendas no varejo foram piores no Amapá (-16%), Pará (- 14,5%) e Rio de Janeiro (- 12,5%). No País, a queda foi de 7,7%. No ano e nos últimos 12 meses, o Brasil já acumula retrações de 9,3% e 10,2%, respectivamente. Os números são do varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos.

Dos dez segmentos pesquisados pelo IBGE, o Ceará apresentou queda em todos, no mês de agosto, sendo as maiores baixas nas seguintes atividades: material de construção (16%); móveis e eletrodomésticos (15,1%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,8%).

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, a queda no segmento de material de construção está diretamente relacionada ao menor nível do poder público em obras. “O investimento público nessa área, como obras do Minha Casa, Minha Vida, é fundamental para que a atividade volte a crescer. Estamos passando por um momento de reacomodação e realinhamento dos investimentos”, afirma Alves.

Menores quedas
J
á as menores retrações foram nos segmentos de tecidos, vestuário e calçados (1,5%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (2,1%); e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4%).

“Por ser uma atividade forte no Estado, responsável por gerar muitos empregos diretos e indiretos, o segmento de roupas e calçados não sente tanto os impactos da crise. Acredito que, no geral, as vendas no varejo cearense vão melhorar neste fim de ano e voltar a crescer no início de 2017. Já chegamos ao fundo do poço, precisamos de uma injeção de ânimo”, acrescenta Alves.

Brasil 
Em agosto, a retração de 7,7% no comércio varejista nacional reflete, sobretudo, o comportamento das vendas de veículos, motos, partes e peças, que apresentou queda de 13,1% em relação a agosto de 2015.

Os resultados acumulados desta atividade foram de -14,7% em oito meses e de -17,7% nos últimos 12 meses. Estas variações foram influenciadas tanto pelo menor ritmo da atividade econômica, quanto pela elevação da taxa de juros às pessoas físicas e pelo comprometimento da renda familiar.

Quanto à atividade de material de construção, as variações para o volume de vendas foram de -7% em relação a agosto de 2015. Em termos acumulados, as taxas foram: -12,2% em oito meses do ano e -12,7% nos últimos 12 meses. O menor ritmo da atividade econômica e a restrição nas operações de crédito são fatores que respondem pela redução do volume de vendas no comércio varejista ampliado.

Volume de vendas 
Das 27 unidades da federação, 23 apresentaram variações negativas no volume de vendas, em relação ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Os destaques, em termos de magnitude de queda, foram para: Acre (- 4,2%) e Amazonas (- 3,3%), enquanto Paraíba (1,8%), Rio de Janeiro (0,9%), Rondônia (0,7%) e Tocantins (0,4%) mostraram avanço nas vendas frente a julho de 2016.

Fonte: Diário do Nordeste.