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Comércio do Centro é responsável por 10% do ICMS

By 13/04/2006setembro 27th, 2011No Comments
Centro é considerado o maior shopping a céu aberto da cidade, com boas opções de produtos e preços SILVANA TARELHO

Centro é considerado o maior shopping a céu aberto da cidade, com boas opções de produtos e preços SILVANA TARELHO

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A redução da alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2% e a regulamentação das vendas de ambulantes são algumas das alternativas apontadas pelos comerciantes para a melhora do comércio no Centro.

Requalificação é uma palavra que faz os olhos dos comerciantes brilharem. Afinal, muitos ainda apostam na área central e, principalmente, num comércio destinado às classes “C” e “D”, gerando a maior parte dos 40 mil empregos formais existentes na área. Ao todo são 11 mil estabelecimentos comerciais, com um peso considerável na economia da cidade e do Estado. As negociações efetuadas na região central geram 10% de todo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Ceará.

Os números poderiam melhorar. Segundo Cid Alves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), o comércio seria impulsionado por meio de medidas como a “imediata” redução da alíquota do ISS de 5% para 2% e a regulamentação do vendedor ambulante. Em sua opinião, essas ações iniciariam o processo de requalificação do Centro.

Na análise de Honório Pinheiro, presidente da Câmara Diretores Lojistas (CDL), o varejo só precisa crescer para impulsionar o desenvolvimento econômico e social no Centro e, por conseqüência, em toda Fortaleza.

Caso essa “alavancagem” ocorresse, assegura que o número de empregos na área central dobraria. Ele ressalta que o comércio é o maior empregador do Estado. “O poder público e a iniciativa privada devem se unir para melhorar a estrutura”, afirma.

A Ação Novo Centro, Organização Não-Governamental criada pelos lojistas, busca otimizar essa integração. “Dar infra-estrutura ao consumidor é uma forma de o Centro ser mais atrativo, já que o local é o maior shopping a céu aberto da cidade, vende barato e tem a maior quantidade de opção de compra de Fortaleza”, avalia Jorge Girão, diretor-financeiro da entidade.

Para Septimus Roland, vice-presidente da Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio), o processo de requalificação da área central iria melhorar o panorama visual do lugar. Já Francisco Barreto, presidente da Federação das Associações do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará (Facic), os imóveis livres poderiam ser adequados também para moradia, beneficiando os comerciários.

ESVAZIAMENTO – Apesar das vantagens e oportunidades apontadas pelo setor do comércio, Jair do Amaral, professor da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade da Universidade Federal do Ceará, garante que o Centro passa por um esvaziamento econômico, que é um fenômeno comum em todo o Brasil.

Jair do Amaral informa que a falta de segurança, dificuldade de acesso e de trânsito e ausência de conforto são “os pontos fracos” de competitividade das atividades comerciais existentes no coração de Fortaleza. “Neste caso, o conceito de conforto é amplo, podendo significar conforto físico ou visual, em nível da estética dos elementos que compõem o entorno do Centro”, argumenta.

Segundo o professor, a solução ou minimização desses problemas exige do poder público “enormes” investimentos e reformas institucionais, como, por exemplo, incentivos fiscais. Jair do Amaral sugere iniciativas que promovam a instalação de atividades de serviços, as quais poderiam ser direcionadas para a tecnologia de informação ou call centers.

“O Centro de Fortaleza oferece uma quantidade grande de edifícios e salas vazios a preços competitivos no mercado”, justifica. O professor assegura que os espaços físicos ociosos poderiam ser reocupados também pelo serviço público. Essa estratégia causaria impactos relevantes no comércio.

Fonte http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=329064

 

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