FEIRA LIVRE (1/5/2005)
Boxes, motivo de briga judicial, estão sendo utilizados como banheiro e local de prostituição e uso de drogas SILVANA TARELHO
“A praça tá liberada”. Esta afirmação marca o momento em que fiscais da Prefeitura liberam a praça José de Alencar para o comércio ambulante, conforme relatam os próprios vendedores. De segunda à sexta-feira, das 12 às 14 horas e a partir das 17 horas e, no fim de semana, a partir das 14 horas, é permitida a “feira livre” no local.
No labirinto, formado pela disposição desorganizada das barracas e carrinhos de comida, é possível encontrar roupas, sapatos, utensílios domésticos, a exemplo das panelas que são expostas sobre lonas no chão, e acessórios como ligas de cabelo e relógios.
“Para vender na praça não é preciso se cadastrar nem ter autorização da Prefeitura, basta trazer a mercadoria no horário que o local está liberado”, afirma Paulo Sérgio Silva, que há um mês vende roupas na “feira”.
“Vivo com o que ganho das vendas desta feira aqui porque as dos bairros não estão mais rendendo nada”, conta Maria Souza, 68, que está desde novembro na praça.
O titular da SER II, Rogério Pinheiro, admite as dificuldades do Município com relação à fiscalização. “Os contratos dos terceirizados da gestão anterior foram todos encerrados, por isso estamos com uma fiscalização insuficiente”, explica.
Segundo Pinheiro, o efetivo da Guarda Municipal também é insuficiente para cuidar de todo o patrimônio público. “A prioridade é para os prédios públicos, por isso a praça está sem guardas municipais”, conta.
Pinheiro garante que vai retirar a feira da praça. “Os comerciantes que só têm aquela atividade como fonte de renda serão deslocados para outras locais onde comporte este comércio”, afirma. “Além disso, vamos buscar outras opções de trabalho para esta população”, promete.
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Praça Liberada, Feira Livre permanente, ambulantes se apropriam de espaço público Foto: ALBERTO DUQUE ESTRADA
