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Desempenho de lojas no Centro amarga perdas

By 07/11/2013agosto 27th, 2014No Comments
Associação dos empresários culpa forte atuação de comerciantes ambulantes em locais indevidos e falta de fiscalização Foto: Rodrigo Carvalho
Associação dos empresários culpa forte atuação de comerciantes ambulantes em locais indevidos e falta de fiscalização Foto: Rodrigo Carvalho

30% NESTE ANO
De acordo com a Ascefort, o prejuízo com queda nas vendas já chega a 30% no acumulado do ano

Marcado historicamente pelos melhores índices de vendas no comércio varejista, o período natalino não promete ser tão positivo neste ano para os comerciantes do Centro de Fortaleza. A expectativa é do presidente da Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza (Ascefort), Maia Júnior, que projeta um fim de ano fraco para as lojas daquela área da cidade.

O grande número de ambulantes nos espaços públicos, muitas das vezes logo na entrada das lojas, é um dos principais motivos para o desempenho negativo, segundo atribui Maia Júnior.

Problemas
“Limpam a Praça da Estação, a Rua José Avelino e eles vão para o miolo do Centro. Não dá mais pra andar pelas calçadas e não tem fiscalização”, critica ele, acrescentando que a situação começou na gestão municipal anterior, mas só tem piorado na atual. Diante da situação, a entidade contabiliza um prejuízo de 30% nas vendas neste ano em comparação ao acumulado de janeiro a outubro de 2012. “Tem loja grande que caiu 30%. Imagine as pequenas. Estão fechando as portas. Há gente que tinha sete funcionários e agora tem dois. Existe ainda uma loja de grande porte que contava com 350 colaboradores, demitiu 50 e vai retirar mais 50”, comentou Maia Júnior, acrescentando que o setor de confecções é o mais prejudicado atualmente.

Desemprego
Conforme dados da Ascefort, enquanto todo o Centro gera 68.490 empregos formais, somente o miolo da área é responsável por 19 mil. Entretanto, de acordo com o presidente da entidade, atualmente o trecho possui menos de 10 mil trabalhadores atuando. “São 10 mil pessoas desempregadas”, reforça.

Mais shoppings
A chegada de novos shoppings localizados em bairros estratégicos para atender o público das classes sociais mais baixas seria outro motivo pelo qual as vendas no Centro da Cidade podem sofrer queda. No entanto, Maia Júnior defende a chegada dos recentes empreendimentos e acredita que esta seja uma concorrência leal. “Isso tem prejudicado, mas é uma competição saudável. O Centro tem um jargão forte e tem tudo mais barato. O Centro é Centro. O que não pode é a contravenção na sua porta tomando seu espaço e seus clientes”, explica ele, justificando os preços mais baratos nas lojas de rua por conta dos baixos custos.

Prefeitura responde
Em nota, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), informou que realiza fiscalização do comércio ambulante “de forma sistemática, diariamente, no intuito de coibir o uso inadequado do espaço público e valer o Código de Obras e Posturas da Cidade”.

A Regional Centro ressaltou ainda que os interessados em trabalhar como vendedores ambulantes necessitam de permissão dada pela Prefeitura e devem atender à legislação.

Comércio abrirá portas no feriado do dia 15/11
O comércio de Fortaleza funcionará normalmente no dia 15 de novembro, feriado nacional que comemora a Proclamação da República. A abertura das lojas na Capital foi garantida na Convenção Coletiva de Trabalho de 2013 e segundo o diretor do Sindicato dos Comerciários, José Domingos, apenas frigoríficos e farmácias não negociaram o atendimento normal aos clientes, informou ontem o site da Rádio Verdes Mares.

“A Lei 11.603/07 permite o funcionamento do comércio, desde que haja negociações e a permissão em convenção coletiva”, explica.

Regras
As lojas abrirão as portas a partir das 9h e funcionarão até as 17h. Elas deverão pagar aos funcionários R$ 36 de ajuda de custo, valor que deverá ser efetuado até o fim do expediente. Além disso, os comerciários que trabalharem durante o feriado do dia 15 terão direito a um dia de folga posteriormente.

“Aquelas empresas que não obedecerem aos critérios que estão na convenção coletiva podem ligar para o sindicato que nós tomaremos as providências junto ao Ministério do Trabalho”, recomenda Domingos.

Fonte Diário do Nordeste
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