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Intenção de comprar se retrai pelo 5º mês

By 10/04/2014No Comments

59,9% NÃO SE DISPÕEM

A pretensão de compra na Capital é a mais baixa desde setembro de 2012, quando a taxa foi de 28,1%
Os televisores continuam sendo o produto mais procurado pelos fortalezenses , sendo citado por 21,6% dos entrevistados

Os televisores continuam sendo o produto mais procurado pelos fortalezenses , sendo citado por 21,6% dos entrevistados FOTO: ALEX COSTA

Pelo quinto mês consecutivo, o índice de intenção de compra dos consumidores fortalezenses caiu, alcançando o pior resultado dos últimos 19 meses na Capital. Segundo a pesquisa divulgada, ontem, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), 59,9% dos fortalezenses não pretendem ir às compras em abril. A taxa é a mais baixa desde setembro de 2012, quando o índice foi de 28,1%.

Segundo o levantamento, o Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza também apresentou queda de 3,0% em abril, passando de 130,4 pontos, em março, para 126,5 pontos neste mês. O resultado do trimestre é muito inferior ao mesmo período do ano passado, sinalizando queda estrutural do otimismo, resultado de um ritmo mais lento no crescimento econômico e preocupações com o atual mercado de trabalho.

Além de não estarem dispostos a ir às compras em abril, os consumidores de Fortaleza também não pretendem desembolsar grandes valores no momento de efetuar compras. De acordo com dados da Fecomércio, 73,8% dos fortalezenses afirmaram que não pretendem gastar mais que R$ 250 em abril, enquanto somente 15,1% devem consumir mais de R$ 1 mil.

Conforme a pesquisa, o valor médio das compras é estimado em R$ 306,73 e a intenção de compra mostra-se mais vigorosa nos consumidores do sexo feminino (41,6%), no grupo com idade entre 18 e 24 anos (51,3%) e com renda familiar superior a dez salários mínimos (47,5%).

21, 6% querem televisores
Com a proximidade da Copa do Mundo, a busca por televisores segue representando o maior percentual entre produtos mais procurados pelo consumidor. O item foi citado por 21,6% dos entrevistados. Logo em seguida, aparecem os artigos de vestuário (14,0%), aparelhos de telefonia celular (13,0%), geladeiras e refrigeradores (11,6%), móveis e artigos de decoração (11,4%) e, por fim, o fogão (9,6%).

Conforme o levantamento, o Índice de Situação Presente foi reduzido em 4,2%, ficando em 127,4 pontos, enquanto março registrou 132,9 pontos. E o Índice de Expectativas Futuras teve queda de 2,1%, atingindo 126,0 pontos.

Otimismo
A pesquisa também revela que 80,9% dos consumidores consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 90,7% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.

Raíssa Hilgenberg
Repórter
Fonte Diário do Nordeste 

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