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Desorganização marca o entorno do local

By 22/04/2014No Comments

FEIRA DA PARANGABA
Sem fiscalização contínua na Feira da Parangaba, comerciantes e compradores ocupam o espaço de forma desordenada. Trânsito complicado, riscos para pedestres e desorganização são a regra.

Nas mãos e sacolas de quem circula pelos corredores apertados da Feira da Parangaba, a diversidade de produtos atesta a criatividade. De copo de liquidificador, ferramentas e DVDs até galinha, cabra e cheiro verde.

Com organização peculiar das bancas e das lonas no chão, os limites físicos da feira se estendem para calçadas, faixas de avenidas e canteiros centrais. Um pouco mais a cada domingo. E a falta de fiscalização faz com que esses limites tornem o entorno da feira complicado.

Carros e ônibus enfrentam dificuldade de circular com tantos obstáculos, como veículos estacionados nas vias, outros parados à espera de mercadorias, além dos comerciantes que também usam o asfalto para o exercício da negociação. Risco grande também para os pedestres que se arriscam para atravessar as avenidas onde as regras de trânsito não são respeitadas.

No feriadão, o domingo de Páscoa não viu o movimento da feira diminuir. Na manhã de ontem, o vaivém de compradores e vendedores era intenso.

Quem é acostumado com a organização das vielas que se formam no calçamento da feira não pensa em mudar de programa aos domingos. A opção de passar quantas horas quiser circulando por entre produtos variados, além de poder comer do salgado à panelada, é tradição para muitas famílias que frequentam ou moram na Parangaba.

Fiscalização
As tentativas de organizar a feira do bairro e o uso do espaço público no entorno do local não têm surtido efeito até agora. Nenhum fiscal da Prefeitura ou agente da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) foram vistos pelo O POVO no entorno da Feira da Parangaba na manhã de ontem.

Assim, as linhas amarelas pintadas em 2013 para estipular o limite que as bancas dos comerciantes poderiam ocupar, deixando espaço livre para a circulação de pedestres, estão sendo ignoradas e cobertas por mais bancas e produtos.

Uma comerciante, que preferiu não ter o nome divulgado, explicou que a organização e fiscalização só foram eficientes nos primeiros meses, sendo esquecidas em pouco tempo. “Aqui sempre surge uma banca para ocupar qualquer lugar vago”, criticou.

A maioria dos comerciantes chega ainda de madrugada à Feira da Parangaba para armar as barracas, descarregar mercadorias e se preparar para o domingo. A Feira movimenta o trabalho de muitos outros trabalhadores. É possível ver, por exemplo, muitos taxistas que aguardam passageiros parados de forma irregular nas avenidas, ignorando as placas de proibição de estacionar.

O lixo acumulado nas calçadas e próximo ao meio-fio das avenidas também é um problema na feira, em especial, na
área de venda de comidas.

Saiba mais
Ações de fiscalização
Em abril de 2013, a Prefeitura começou a tentar organizar a Feira da Parangaba e o entorno.

Uma faixa amarela foi pintada para estipular o limite ocupado pelas barracas. A calçada ficou mais livre, permitindo a passagem de pedestres.

Na época, a Regional IV chegou a indicar a retirada de 150 feirantes das calçadas e canteiros e a realocação deles no espaço da feira.

Além da organização do espaço, agentes da AMC faziam ronda nas avenidas, coibindo os veículos que costumavam estacionar em locais proibidos pela sinalização, assim como nos canteiros centrais.

Volta dos problemas
Em junho de 2013, o trânsito do entorno já tinha voltado a ser motivo de reclamação. Sem fiscalização, condutores voltaram a usar o espaço público de forma indevida.

Em novembro do ano passado, a Prefeitura voltava a intensificar a fiscalização com agentes de trânsito, fiscais e guardas municipais.

Dessa forma, com uma fiscalização descontinuada, a organização da feira e do entorno não ganha contornos efetivos.

Serviço
Para reclamações e sugestões:
Regional IV
Ouvidoria: 3433 2862 / 3235 3972.
Endereço: avenida Dedé Brasil, 3770, bairro Serrinha.

Fonte Jornal O Povo