Notícias

Endividamento sobe, mas renda é menos comprometida – DN

By 10/10/2014No Comments

CONSUMIDORES DA CAPITAL
O resultado é um indicativo de que os consumidores estão se preparando para as compras de fim de ano.

Atualmente, 63,9% dos consumidores de Fortaleza possuem algum tipo de dívida, índice que representa um crescimento de 0,9 ponto percentual em relação a setembro. No entanto, neste mês, houve uma melhora no percentual da renda comprometida com o pagamento das dívidas, que passou de 30,1% para 28,6%. Os dados são da Pesquisa sobre Endividamento do Consumidor de Fortaleza, divulgada ontem, pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE).

O superintendente da Fecomércio-CE, Alex Araújo, avalia que o aumento de 0,9 ponto percentual no total de fortalezenses endividados é considerado normal, destacando que a situação na Capital é praticamente estável. “Essa estabilidade é muito importante, pois estamos entrando num período importante para o varejo, com as compras de fim de ano”, considera.

Para justificar que o quadro de endividamento em Fortaleza está sob controle, Araújo lembra que a proporção dos consumidores com contas em atraso não sofreu alteração em outubro (19,3%). O índice de comprometimento da renda caiu para 28,6%, após atingir 30,1% em setembro, o nível mais elevado desde janeiro de 2013.

Além disso, a taxa de inadimplência manteve-se relativamente estável, com leve aumento de 0,1 ponto percentual, passando de 5,4%, em setembro, para 5,5% em outubro. “Esses indicadores garantem um maior poder de compra aos fortalezenses. Certamente, as vendas de Natal e Ano-Novo serão alavancadas”, complementa.

Dívidas
O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.260, com prazo de sete meses para serem quitadas. Os problemas financeiros afetam mais as mulheres (20,5%), do grupo etário entre 25 e 34 anos (23,5%) e com renda familiar inferior a cinco salários mínimos (20,6%).

O tempo de atraso é de 64 dias, sendo o desequilíbrio financeiro – que é diferença entre a renda e os gastos correntes – apontado por 63,6% dos consumidores. O segundo motivo mais citado é o adiamento devido ao uso dos recursos em outras finalidades (31,3%). Os instrumentos de crédito mais utilizados são: cartões de crédito, citados por 77,5% dos entrevistados; financiamentos bancários (6,3%); carnês e crediários (9,5%); e os empréstimos pessoais (9%) das respostas. Segundo a pesquisa, o consumidor utilizou o crédito para a compra de: itens de alimentação (39,5%); eletroeletrônicos (39,2%); artigos de vestuário (34,2%).

Inadimplência
O perfil do consumidor inadimplente mostra preponderância do grupo de consumidores do sexo feminino (5,8%), com idade entre 25 e 34 anos (8,2%) e renda familiar inferior a cinco salários mínimos (6,0%), inspirando cuidados nos grupos com menor renda e maior dependência do mercado de trabalho.

A pesquisa aponta ainda, que 79,8% dos consumidores fazem orçamento mensal e acompanham seus gastos e rendimentos, o que contribui para um melhor controle dos níveis de endividamento. 12,5% relataram que fazem orçamento dos rendimentos, mas sem controle eficaz dos gastos e 7,7% informaram não possuir orçamento e tampouco controle dos gastos. A falta de planejamento orçamentário é um problema crítico para o controle do endividamento, estando sempre entre um dos principais motivos para o atraso.

Dos fatores que os consumidores consideram que mais contribuem para esse problema, aparecem: a falta de orçamento e controle dos gastos (46,0%); as compras por impulso (31,8%); e as compras antecipadas (29,8%).

Teste ajuda  a saber como estão as finanças
De olho em 40% dos brasileiros que disseram ter pago as contas com atraso por conta do descontrole enquanto compravam, o portal ‘Meu Bolso Feliz’ desenvolveu o termômetro do endividamento, o qual, a partir de um questionário de 21 perguntas simples de múltipla escolha, o consumidor recebe um diagnóstico sobre a postura dele frente às contas fixas mensais, ou as compras em datas comemorativas como o Dia da Criança.

O objetivo do teste é fazer o indivíduo medir e perceber o seu potencial de endividamento e de inadimplência, considerando informações como o rendimento mensal e o que ele gasta com o estilo de vida que possui. Com base nas respostas, orientamos o internauta a mudar sua maneira de ver o consumo e de lidar com as compras, explica o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Felix, José Vignoli

O teste criado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil e a Universidade Federal de Minas Gerais divide os consumidores em três categorias: com baixo potencial de endividamento – em geral mais prudentes e analíticos; consumidores com potencial médio de endividamento, que embora entendam a importância de se organizarem financeiramente, as vezes não resistem e realizam compras mesmo sem condições de arcar com o valor. E o consumidor com alto potencial de endividamento.

Mais informações
Para responder ao teste e saber em qual perfil se enquadra, acesse:
www.meubolsofeliz.com.br/teste/voce-sabe-lidar-com-as-dividas

f

Fonte; Diário do Nordeste – Negócios.