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1.587 postos de trabalho a menos

By 17/04/2012No Comments

Ceará foi um dos 11 estados do País que apresentaram saldo negativo no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, em março. Demissões aconteceram na construção civil e na agropecuária

O Brasil gerou no mês de março 111.746 empregos formais segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgado ontem. O saldo foi resultado de 1,88 milhão de admissões e 1,76 milhão de demissões. Na comparação com o mês de fevereiro, houve uma redução no saldo de empregos de 25,8%. Na comparação com março de 2011, houve uma elevação de 20,5%.

Este é o pior resultado para o mês desde 2009, quando foram gerados 34.818 postos de trabalho.

Levando em conta só o Ceará, foram eliminados neste mês de março 1.587 postos de trabalho, o que equivale a 0,15% em relação ao número de trabalhadores com carteira assinada do mês anterior no Estado. O cálculo é feito a partir do número de contratações, 38.870, subtraídas as demissões, 40.457.

Em fevereiro, o saldo havia sido positivo, sendo gerados 3.976 vagas a mais do que demissões no estado.

Os setores que mais contribuíram para a queda do emprego no Ceará em marõ foram a construção civil, que perdeu 1.676 vagas, e a agropecuária, que perdeu 676 postos.

Do total, só a Região Metropolitana de Fortaleza registrou uma retração de 731 empregos formais (-0,09%).

Quando se leva em conta o total de novos empregos e o total de demissões nos últimos 12 meses, há uma melhora nos resultados. No Ceará, o saldo nesse caso passa a ser de 5,14%, com 50.819 empregos com carteira assinada gerados. Em relação aos três primeiros meses do ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, a situação é praticamente estável, com um saldo de 172 empregos gerados (0,02%).

Brasil
No primeiro trimestre do ano, em todo o Brasil, o saldo de empregos é 442.608. Na comparação com o primeiro trimestre de 2011 (583.886 postos), houve uma redução de 24,1% na criação de empregos.

O setor de serviços foi o maior responsável pelo saldo positivo, com 83.182 empregos. Em seguida está a construção civil, com 35.935 postos de trabalho, e em terceiro, o comércio, com 6.412 empregos.

A queda do emprego no setor da indústria de transformação no país, que perdeu 5.048 postos, se deve, em grande parte, às demissões da indústria alimentícia (redução de pouco mais de 25 mil postos de trabalho). A agricultura também apresentou saldo negativo, com a perda de 17.084 empregos.

Entre as regiões, a Sudeste apresentou o maior saldo positivo, com 86.083 postos de trabalho, seguida da Região Sul, com 41.477 empregos, e a Região Centro-Oeste, com 16.764 empregos. O Nordeste foi a região que registrou a maior perda, com 32.830 empregos a menos. Apenas três Estados da região apresentaram resultado positivo: Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia.

O estado que registrou o maior número de empregos foi São Paulo, com 47.279 empregos, seguido de Minas Gerais, com 22.674 postos, e do Rio Grande do Sul, com 16.875 empregos. Das 27 unidades da federação, onze apresentaram saldos negativos – o maior foi no estado de Alagoas, com 21.032 empregos perdidos só em março.

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

As dificuldades da indústria do Brasil, com a forte concorrência internacional, têm gerado muitas demissões em todo o País, o que trava o crescimento econômico e a geração de renda.

Fonte Jornal O Povo

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