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4 mil temporários até o fim do ano

By 22/11/2012No Comments

VAGAS NO CEARÁ
Estado deverá ter a terceira maior geração de postos de trabalho deste tipo no Nordeste, segundo estudo.

Vendedor, analista de crédito, atendente, embalador e etiquetador são algumas das funções mais demandadas no varejo cearense FOTO: SILVANA TARELHO
Vendedor, analista de crédito, atendente, embalador e etiquetador são algumas das funções mais demandadas no varejo cearense FOTO: SILVANA TARELHO

Tradicionalmente, a chegada do fim de ano impulsiona o mercado de trabalho com a abertura de vagas temporárias. No Ceará, em 2012, a previsão é que sejam gerados 4.154 empregos temporários, sendo 75% ou em torno de 3.115 postos no varejo e o restante (25% ou cerca de 1.039) na indústria. O número total de temporários previstos para o Estado corresponde a 2,68% das 155 mil vagas esperadas para o País e a 17,37% dos 23.901 postos estimados para a Região Nordeste.

A projeção é apontada por pesquisa encomendada pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) e pelo Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem). Conforme o estudo, o Ceará ocupa a terceira posição dentre os demais estados nordestinos em número de vagas projetadas, tendo a frente a Bahia e Pernambuco, respectivamente, com 6.076 e 5.890 temporários.

A perspectiva indicada para o Brasil (155 mil) corresponde ao incremento de 5,5% em comparação a 2011, quando foram contratados 147 mil temporários. Embora historicamente as contratações fossem divididas em 70% para o comércio e 30% para a indústria, o setor industrial está mais cauteloso na atual conjuntura e deverá recrutar menos mão de obra nesse ano, cerca de 25%. Em contrapartida, o comércio conta com o 13º salário e a redução de juros bancários, devendo absorver 75% do total de temporários desta época do ano.

Efetivação
Do total de contratos de trabalho temporário previsto em todo país, 15% tendem a ser efetivados. Significa que 23 mil brasileiros (4,5% a mais do que em 2011) poderão conseguir emprego novo e efetivo depois das festas de final de ano.

“Para ser efetivado é preciso demonstrar dedicação e interesse em ajudar e aprender. Agilidade também conta. No período que antecede o Natal, a rotina é agitada e o funcionário tem que ter jogo de cintura”, recomenda Jismália de Oliveira Alves, presidente da Asserttem.

Para o Natal, a expectativa da Asserttem e do Sindeprestem é que 20% das vagas sejam preenchidas por jovens em situação de primeiro emprego.

Função social
“O trabalho temporário tem uma importante função social, pois permite que jovens sem experiência vivenciem a rotina de trabalho e adquiram conhecimento”, diz Vander Morales, presidente do Sindeprestem.

No comércio as principais funções demandadas em fim de ano são analista de crédito, atendimento, crediário, embalador, estoquista, etiquetador e vendedor. Os principais contratantes são comércio de rua (lojas), shoppings e os supermercados.

Função e perfil
Cerca de 53% dos contratados são pessoas do sexo masculino, com idade entre 18 e 39 anos. A exigência varia entre ensino fundamental ou médio completos.

Na indústria, as funções com mais possibilidade de vagas são auxiliar administrativo, auxiliar de departamento financeiro, auxiliar de laboratório, auxiliar de serviços gerais, motorista, nutricionista, operador de empilhadeira, operador de máquinas, técnico em manutenção industrial e técnico em segurança trabalho. As indústrias que mais contratam nesse período são dos ramos de alimentos, bebidas, brinquedos, eletrônicos, vestuário e papelaria.

A escolaridade requerida é o ensino médio completo. São exigidos qualificação técnica em automação industrial, eletrotécnica, mecatrônica, química, informática, segurança do trabalho, administração, secretariado e/ou cursos para funções específicas serão diferenciais.

No comércio, a remuneração média é estimada em R$ 872. Já no setor industrial o salário médio é de R$ 1.155,00.

ÂNGELA CAVALCANTE
REPORTER

 

Fonte Diário do Nordeste