CONFIANÇA EM BAIXA
Confiança também cai pela terceira vez consecutiva e atinge o pior patamar dos últimos 13 meses
Mais da metade dos consumidores de Fortaleza não deve ir às compras em maio, aponta a Pesquisa de Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Fortaleza, divulgada ontem pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC). De acordo com o levantamento, 51,7% dos fortalezenses não demonstraram intenção de comprar algum produto neste mês.
Apesar disso, a taxa de intenção de compra do fortalezense acabou crescendo em maio, atingindo, assim, o maior patamar mensal desde o início do ano (48,3%). O IPDC revelou, aliás, que, neste mês, houve um acréscimo de 3,3 pontos percentuais em relação a abril, no que diz respeito ao número de pessoas que pretendem comprar.
Os consumidores com intenção de compra em maio de 2012 representavam 36,8%, taxa 9,5 pontos menor do que a apontada pela pesquisa em igual período deste ano. Esse é o segundo maior índice dos últimos 13 meses, ficando atrás apenas do mês de dezembro, historicamente um período de compras.
Ainda segundo a pesquisa do IPDC, o produto mais visado pelos consumidores de Fortaleza foi a televisão (citada por 17,1% dos entrevistados), o que pode ser explicado, segundo o economista Alex Araújo, pela proximidade da Copa das Confederações, que acontece em junho. Vestuário (13,3%) e máquina de lavar roupa (12,3%) também apresentaram índices elevados de intenção de compra, ainda em consequência da movimentação para o Dia das Mães, que ocorreu no início do mês.
Aquisições até R$ 250 são maioria na intenção de compra dos consumidores, com 71,4%. As pessoas pesquisadas com mais de 35 anos se mostraram com menor pretensão de gastos.
Perspectiva futura
Ao contrário do que ocorreu com a intenção de compra, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Fortaleza registrou queda em maio. Esse é o terceiro mês consecutivo de decréscimo, de acordo com a pesquisa do IPDC. Foram registrados 133 pontos – queda de 5,2 pontos com relação a abril -, o menor patamar dos últimos 13 meses.
Para Alex Araújo, a queda da confiança traz preocupação para o comércio à medida em que, nos últimos dois anos, a economia tem sido movida pelo consumo e pelos gastos do governo, mas não deve impactar nesse momento no desempenho do setor.
“É claro que a quebra de um dos sustentáculos da economia preocupa. Contudo, essa redução está mais associada à percepção dos consumidores do que propriamente ao cenário econômico”, afirma o economista.
Economia do País
A confiança dos consumidores na economia brasileira a longo prazo está em alta. 65% das pessoas consideram boa e 6,1% ótima a expectativa financeira do país para os próximos 12 meses, informa o IPDC. Quando esse período é prolongado para cinco anos há um acréscimo na confiança dos consumidores da Capital: 65,3% para os que tem boas e 9,3% para aqueles com ótimas expectativas.
Fonte Diário do Nordeste.