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Sindilojas cobra ordenamento no centro de Fortaleza – O Estado

By 09/09/2015outubro 15th, 2015No Comments

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, esteve ontem na sede do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas Fortaleza), para conversar com os associados sobre os problemas que têm afligido a categoria, em especial, neste momento de crise econômica. De acordo com o presidente da entidade, Cid Alves, é preciso realizar o ordenamento dos ambulantes que atuam na região central da cidade. “Está tudo desordenado e é preciso coordenar esta questão. Cada um deles resolve o problema das suas famílias, mas cria outros para os trabalhadores formais, das lojas, e os próprios lojistas, provocando desemprego. Isso porque eles não ambulam, têm pontos fixos e muitos comercializam produtos falsificados, que podem provocar problemas de saúde”, disse.

Com relação à crise que está atingindo todo o País, Cid ressaltou que é preciso torcer para que os entes públicos – em especial as autoridades dos poderes Executivo e Legislativo – entrem em um consenso, para resolvera crise que atingiu, em cheio, os consumidores. “É preciso fazer alguma coisa, urgentemente, para evitar que ela atinja a classe empresarial, pois se isso acontecer, muitos outros problemas poderão ocorrer, principalmente uma alta do desemprego e um desequilíbrio em no sistema financeiro nacional, devido à inadimplência”, asseverou Cid Alves.

Pior momento
Quem também cobrou soluções para os problemas da área central da Cidade foi o presidente da Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza (Ascefort), João Maia Júnior, afirmando que a região passa por um dos piores momentos de sua história, pois não tem mobilidade, devido aos ambulantes que foram instalados sob as marquises das lojas. “Isso acaba gerando uma concorrência desleal e predatória. Tanto que, há alguns anos, tínhamos 68.490 empregos formais nas lojas do Centro e já ocorreram mais de 15 mil demissões, especialmente depois da liberação da feira na região da Rua José Avelino e entorno da Praça da Sé. O comércio do Centro fatura cerca de R$ 150 milhões mensais, enquanto os feirantes movimentam mais de R$ 600 mi a até R$ 1 bilhão no mesmo período”, destacou Maia Júnior.

Roberto Cláudio disse que ao assumir a Prefeitura, a feira da José Avelino ocupava, todos os dias, a área situada nas proximidades da Igreja da Sé. Mas ao ser feita uma pesquisa, descobrimos que, inicialmente, funcionava apenas duas vezes por semana. “Fizemos um acordo para funcionar às quartas-feiras e aos sábados, para tentar melhorar a situação. E, agora, estamos com a questão do Centro Fashion, que deve estar com sua primeira fase pronta até abril de 2016 e para onde esses comerciantes deverão ser deslocados, pois lá haverá estacionamentos para ônibus, boxes cobertos, uma unidade hoteleira e outras benfeitorias. E perto dali, na antiga fábrica de redes Philomeno Gomes, no Jacarecanga”, explicou.

O gestor municipal ressaltou que os problemas essenciais do Centro estão um pouco além do poder público municipal, mas que sua equipe está buscando maneiras de solucioná-los. “Temos a captação de recursos da ordem de R$ 800 milhões para o Centro (investimentos em infraestrutura, praças, calçadas). Também há um plano urbanístico sendo feito pelo arquiteto e urbanista Fausto Nilo, que deve estar pronto até o fim do ano, no qual estão contempladas a ocupação residencial, comércio popular e outros empreendimentos para requalificar toda a área central de nossa Capital”, finalizou Roberto Claúdio.

Prefeito faz análise da gestão do município
O prefeito Roberto Cláudio usou alguns minutos de sua explanação para fazer uma rápida análise de sua gestão, lembrando que ao assumir a Prefeitura de Fortaleza, havia dívidas de R$ 550 milhões e apenas 7% de investimento. Disse que foi necessário quase um ano e meio, apenas para colocar a casa em ordem, elaborar projetos e captar recursos para investimentos, principalmente de fontes externas. “Como a Prefeitura tinha uma grande capacidade de endividamento, foi possível captá-los junto ao BNDES, Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Também procuramos reduzir despesas e aumentar receitas. E isso sem aumentar impostos, pois só atualizamos a planta urbana de Fortaleza, que tinha o menor valor de IPTU por metro quadrado do Nordeste”, afirmou Roberto Cláudio.

Ele lembrou que Fortaleza é, atualmente, uma das poucas capitais com capacidade de investimento, com a folha de pagamento em dia, com fôlego para fazer obras e intervenções que a cidade precisa. “Também procuramos trabalhar o masterplan da cidade, que não era feito há 50 anos. Estamos planejando o crescimento da Capital, através do plano “Fortaleza 2040”. E pensando na economia, pois cidades com economias degradadas, são cidades degradadas, gerando desemprego, violência e outros problemas. Resultam, ainda, em queda de receitas, o que atrapalha o seu dia a dia. Estamos desburocratizando Fortaleza, pois transparência e agilidade no atendimento refletem-se em desenvolvimento”, afirmou o prefeito.

E destacou que existem grandes projetos nas áreas de licenciamento e concessão de alvarás de atividades econômicas, inclusive on-line, o que será inédito no País. “Estamos trabalhando uma legislação que promoverá a redução do IPTU e do ISS para empresas que querem se instalar ou ampliar atuação – gerando emprego e renda – em bairros de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Realizamos uma série de obras de mobilidade urbana, além de creches, escolas de tempo integral, postos de saúde. Não há cidade sem economia, nem cidade de futuro sem um plano e na qual exista a continuidade deste plano”, completou Roberto Cláudio.

Fonte Jornal O Estado.