Essa foi a primeira alta após cinco meses de queda, o índice alcançou 106,1 pontos
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio(Icec) alcançou 106,1 pontos em setembro, alta de 0,2% ante agosto, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 25, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foi a primeira alta ante o mês imediatamente anterior após cinco meses de queda. Em relação a setembro de 2017, a alta foi de 1,2%. Para a CNC, no entanto, o resultado de setembro não indica tendência de retomada de investimentos no setor.
O subíndice relativo aos investimentos recuou pelo quinto mês consecutivo (-0,3%), registrando 94,6 pontos. Desde o último mês de maio, esse indicador acumula queda de 4,8%, regredindo ao seu menor nível desde dezembro de 2017 (92,46 pontos), informou a CNC.O subíndice de intenção de contratação de funcionários avançou 0,3% em setembro ante agosto, mas, no acumulado desde maio, a queda acumulada é de 6,3%.
No mesmo período, também acumulam queda as perspectivas de investimentos nas empresas (-3,7%) e nos estoques (-1,9%).Segundo a CNC, setembro marca o início do período de contratações de trabalhadores temporários para as vendas de fim de ano. Nas projeções da entidade, para este Natal haverá oferta de 72,7 mil vagas temporárias – queda de 1,7% em relação às 73,9 mil oferecidas no ano passado.
A CNC frisou ainda que, embora o subíndice da avaliação das condições correntes da economia tenha aumentado 0,9% na passagem de agosto para setembro, e 1,8% ante setembro de 2017, “62,9% dos empresários do varejo observaram deterioração significativa do cenário econômico brasileiro nos últimos meses”, diz a nota divulgada pela CNC.
Segundo Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, “a desvalorização do real nos últimos meses tem demonstrado potencial para contaminar os preços no médio prazo e poderá se somar às pressões já existentes, advindas de reajustes significativos nos itens com preços administrados”.