Indústria apontada como a principal beneficiária sonegou cerca de R$ 220 milhões.
As empresas alvo da operação Aluminium, deflagrada nesta terça-feira (16) contra sonegação fiscal, movimentaram R$ 5 bilhões nos últimos 4 anos, segundo o Ministério Público do Ceará (MP-CE). O órgão estima que apenas a empresa apontada como a principal beneficiária do esquema criminoso tenha sonegado cerca de R$ 220 milhões de 2014 a 2018. Ao todo, 53 mandados judiciais foram expedidos.
No Ceará, nove pessoas foram presas e 31 mandados de busca e apreensão cumpridos (Fortaleza, Juazeiro do Norte, Eusébio e Jaguaribe). A investigação também se estendeu para Sergipe e São Paulo, onde outras três pessoas foram presas. Ao total, a operação prendeu 12 pessoas. Seis seguem foragidas.
“A operação, inicialmente, foi verificada no Estado do Ceará. Através de uma informação fiscal, a Sefaz encaminhou para o grupo de apoio especial de combate à sonegação fiscal, dentro do Ministério Público do Ceará. Essa informação foi trabalhada e se verificou que existiam indícios sérios de fraudes”, comentou o procurador-geral de Justiça do Ceará, Plácido Rios.
De acordo com o procurador, durante a investigação houve interceptações telefônicas, autorizadas pela Justiça, que esclareceram quais eram os membros do núcleo operacional e os que pertenciam ao núcleo empresarial do esquema criminoso.
“Chegamos a cifras mirabolantes, astronômicas, de movimentação nas contas dessas empresas, superiores a R$ 5 bilhões”, completou. Com o montante sonegado, o grupo vinha adquirindo imóveis e veículos de luxo.
Segundo o MP, 18 das empresas envolvidas são de fachada, e outras quatro de capital fechado, servindo apenas para alimentar o esquema de sonegação.
Em Juazeiro do Norte, o Sistema Verdes Mares acompanhou as ações dos agentes, que realizaram buscas em um condomínio no bairro Lagoa Seca. Em seguida, eles foram a uma empresa no mesmo bairro cumprir outros mandados.
Fonte: Jornal Diário do Nordeste.