PRAÇA DA LAGOINHA 03/02/2011 – Diário
“Se deixar correr frouxo, a gestão municipal nunca vai conseguir resolver o problema da ocupação das praças do Centro. Se a Prefeitura estivesse sendo multada pelo Judiciário, talvez tivesse mais compromisso com os prazos e mais agilidade”, declara o promotor do Ministério Público do Estado do Ceará (MPE/CE), Raimundo Batista de Oliveira, que já, em 2008, pressionava para retirar feirantes da Praça da Sé, em Fortaleza.
Ontem, em mais uma reunião entre ambulantes e técnicos da Secretaria Executiva Regional do Centro (Secerfor), nenhum prazo concreto foi apresentado para “liberar” a Praça da Lagoinha, ocupada por mais de mil ambulantes desde 2009. A questão se arrasta e os logradouros parecem terra sem lei. “Enquanto estiver essa indecisão, a gente ficará com medo. Os fiscais têm tomado as nossas mercadorias”, denuncia a feirante Nilda Ferreira, 44.
Nas praças da Lagoinha e José de Alencar e as ruas José Avelino e 24 de Maio, não há como andar sem esbarrar nas barracas espalhadas pelo chão. “Em uma reunião, a secretária da Secerfor, Luiza Perdigão só enrolou a gente, disse não ter data certa para nossa transferência para um galpão na Rua Princesa Isabel. Talvez, em março, abril ou maio”, comenta o feirante, Henrique Militão.
Reordenamento
A fim de tentar “desatar” estes nós, a Prefeitura de Fortaleza está realizando o Plano de Reordenamento do Comércio Ambulante, iniciado em 2010, e ainda com pesquisa em andamento. Conforme a Secerfor, o projeto prevê a desobstrução das ruas e a disponibilização de espaços para acolher os cerca de três mil ambulantes identificados. Na promessa, o Parque da Cidade integrará a Praça da Lagoinha à estação do Metrofor.
Fonte Diário do Nordeste