Escrito por Egídio Serpa, [email protected] 06:00 / 16 de Outubro de 2020
Às 18 horas, o ministro do Desenvolvimento Regional anunciará medidas importantes para o Nordeste, entre as quais a licitação para a construção do último trecho do Projeto S. Francisco
Tem relevante importância o evento de hoje, às 18 horas, na Fiec, quando o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, anunciará “medidas de apoio para o desenvolvimento do Norte e Nordeste”.
Entre essas medidas, incluir-se-ão o anúncio da licitação para a construção do Ramal Salgado-Apodi, última etapa do Projeto São Francisco de Integração de Bacias, e as diretrizes para a renegociação das dívidas com o Finor e o Finam.
Vamos por partes: ontem, esta coluna notou uma pulga atrás da orelha de empresários da agropecuária do Ceará, que sonham com o ramal do Salgado-Apodi.
Temes eles que a licitação a ser anunciada priorize, no tempo, o canal principal do projeto, que sairá do açude Engenheiro Ávidos, na Paraíba, em direção ao rio Apodi, no Rio Grande do Norte.
Está previsto que, na altura do Km 30, esse canal será bifurcado, ganhando um braço em direção ao rio Salgado, no Ceará. É a inclusão desse braço na licitação que deixa o empresariado da agropecuária cearense de orelha em pé.
O canal principal terá largura suficiente para uma vazão de até 40 m³/s e terá como destino final a barragem potiguar de Santa Cruz. Na bifurcação, esse volume será repartido, desviando-se 20 m³/s para o canal que levará água para o rio Salgado.
O ministro dissipará esta e outras dúvidas no seu pronunciamento de hoje.
Quanto à solução para o passivo do Finor (Nordeste) e do Finam (Norte), é igualmente grande a expectativa do empresariado nordestino sobre o que anunciará Rogério Marinho.
O Finor e o Finam, que foram fundos mal administrados pela Sudene e a Sudam, têm hoje patrimônio perto de zero por causa da inadimplência da maioria das empresas que eles deveriam incentivar.
“A maioria dessas empresas não pode ser culpada pela incompetência dos administradores do Finor e do Finam, que, atrasando as liberações dos recursos, as levaram ao socorro do mercado financeiro para a conclusão dos seus projetos, pagando por isso juros estratosféricos”, como disse à coluna o consultor empresarial Sérgio Melo.
Transformada em debêntures, essa dívida cresceu como uma bola de neve e hoje passa dos R$ 40 bilhões, mais da metade dos quais no Finor.
Um projeto-de-lei ou uma Medida Provisória poderá encaminhar, via Parlamento, uma solução que permita o retorno das empresas incentivadas, em longo prazo e a juros baixos, à condição de adimplentes.
Fonte.: diariodonordeste.verdesmares.com.br/opiniao/colunistas/egidio-serpa
A FACIC se fez presente no evento acima citado, representada pelo Diretor Maia Júnior .