04/02/2011
Finalmente. O secretário da Fazenda Mauro Filho anunciou no programa Vertical S/A, na TV O POVO, que o Estado conseguiu bater o martelo na compra dos cinco scanners importados para equipar postos fiscais. O consórcio vencedor foi o VMI Prime/Nuctech, numa concorrência de US$ 45 milhões. O contrato inclui não apenas os equipamentos, em torno de US$ 3,5 milhões cada um, mas também a prestação dos serviços de instalação e manutenção por três anos. São quatro scanners fixos e um móvel. O contrato foi assinado no dia 30 de dezembro de 2010.
Pelo edital, a fornecedora tem seis meses, a partir da assinatura da ordem de serviço, para entregar o primeiro scanner, mas Mauro Filho acredita que desembarquem até o dia 10 de abril. O tempo para montagem é de estimados 30 dias, o que significa operar a partir de maio. Mauro revelou a Coluna a localização dos scanners. O primeiro será instalado em Tianguá. Segundo ele, o motivo é já haver a infra-estrutura pronta para receber. O aparelho consegue “enxergar” através de uma chapa de ferro com até 30 centímetros de espessura. Também será usado pela Polícia cearense, pois identifica a presença de drogas nas cargas. Permite, por exemplo, diferenciar sal de cocaína.
O posto cuja operação é considerada mais delicada pela Sefaz é Penaforte, no Sul do Estado, na Divisa com Pernambuco. “Mas lá tivemos problemas com desapropriação para as obras”, diz Mauro. Além dos dois postos, também receberão os novos aparelhos Aracati e Crato. O scanner móvel será utilizado nas chamadas rotas de fuga, estradas vicinais mapeadas pelo Fisco estadual. Ao todo, 60, segundo o secretário. Pelo edital, a Nuctech terá seis meses para fornecer cada unidade. Todavia, Mauro Filho diz acreditar em metade do prazo.
Somando os US$ 45 milhões dos scanners a outras “melhorias tecnológicas”, Mauro fala numa conta que chega a R$ 120 milhões. Para o secretário, a conta não é cara. Ele calcula que a garantia do maior rigor nas divisas do Ceará garante o retorno do investimento em dois ou três meses. “Não quisemos apenas comprar os equipamentos, ao contrário do que eventualmente ocorre em hospitais. Quando quebra um tomógrafo são meses desativados a espera de conserto”. A determinação do Ceará em fazer a compra se arrastou por dois anos e dois meses. Houve sucessivos embates entre os consórcios concorrentes. Nem a Receita Federal conseguiu comprar scanners ainda.
HERMANA VICUNHA
A Vicunha decidiu produzir tecidos para jeans (denim) em três fábricas na Argentina. Ficam na província de San Juan, no Norte. Assinou acordo que deixa como possível a compra das indústrias locais Tintorería Ullum, Tejeduría Galicia e Tejeduría Panamá. Para ratificar resta apenas a conclusão de auditoria a ser concluída até o meio do ano. A empresa brasileira tem US$ 40 milhões para comprar e modernizar as três indústrias. O setor têxtil já fora inimigo público da Argentina, arcando com pesadas barreiras tributárias. Para saltá-las, as brasileiras foram fabricar por lá. Foi uma trilha também seguida pela cearense Santana Textiles.
A propósito, ao tempo em que migra para o vizinho, a Vicunha substitui as importações que realiza pelas fábricas localizadas no Ceará, Rio Grande do Norte e São Paulo.
CEARENSE É A QUINTA DA CHEVRON
A Chevron Brasil Lubrificantes, que se declara a segunda maior fabricante e comercializadora de lubrificantes do País, assinou contrato de distribuição com a Lubnorte, sediada em Sobral e com filiais em Fortaleza, Teresina (PI) e Timon (MA). Com o acordo, a empresa se torna distribuidor autorizado nos três estados. A Lubnorte tem 12 anos de mercado, guarda 3 mil clientes na carteira e se torna o quinto maior distribuidor da Chevron no País. A Chevron é a detentora da marca Texaco e dos óleos Ursa e Havoline.
HORIZONTAIS
FANOR. Carlos Alberto Degas diz que a Fanor está investindo R$ 8 milhões na modernização de campus e laboratórios. Os investimentos têm a marca da controladora, a norte-americana DeVry.
http://www.opovo.com.br/app/colunas/verticalsa/2011/02/04/noticiaverticalsa,2097932/sefaz-compra-os-scanners.shtml