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A China é aqui e já ocupa o 2º lugar na parceria com o Ceará

By 25/02/2011fevereiro 27th, 2011No Comments

COMPRAS AQUECIDAS (25/2/2011)

Itens siderúrgicos, máquinas e equipamentos são os mais importados pelo Estado dos chineses, mas mercadorias de maior apelo popular, como brinquedos e eletrônicos, seguem em alta  FOTOS: ALEX COSTA

Itens siderúrgicos, máquinas e equipamentos são os mais importados pelo Estado dos chineses, mas mercadorias de maior apelo popular, como brinquedos e eletrônicos, seguem em alta FOTOS: ALEX COSTA

Relações comerciais entre Ceará e China somaram US$ 508 milhões, inferior apenas à parceria com os EUA

Você pode não perceber, mas em praticamente todas as residências cearenses, seja rica ou pobre, existe um produto com o seguinte detalhe impresso: “made in China”. Basta procurar. Isso tem uma explicação. O gigante asiático já é, por quatro anos consecutivos, o 2º maior parceiro comercial do Estado.

A soma de importações e exportações (o chamado corrente comércio) entre Ceará e China foi de US$ 508 milhões, no acumulado do ano passado. Cresceu quase 18 vezes em uma década, o mesmo que 1.672%. Só perde, ou melhor, ainda perde, para a tradicionalíssima relação com os Estados Unidos da América (EUA), que, em 2010, movimentaram com os cearenses pouco mais de US$ 595 milhões. A diferença é que, no caso estadunidense, nós exportamos mais do que compramos. Com a China, a realidade é outra. E são justamente as importações para o país detentor da economia que mais cresce no planeta, Clique para Ampliaratualmente, que fizeram a diferença para que os chineses – que, há 10 anos, não figuravam nem entre os nossos 30 maiores parceiros -, passassem a ameaçar o antes inabalável 1º lugar na preferência dos cearenses em comercializar com os EUA. As informações são do estudo “Relações Comerciais China”, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios do Ceará (CIN), ligado à Fiec, com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Os números impressionam.

“Século da Ásia”
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Na opinião do superintendente do CIN, Eduardo Bezerra, “o século XXI é dos asiáticos. “Vivemos uma soberania econômica dos EUA e da União Europeia. Mas o peso da Ásia nas transações globais em todo o mundo cresceu, sobretudo, quando a China explodiu economicamente”, analisa. Para ele, outros países do mesmo continente como Coreia do Sul, Índia e Vietnã, cada vez mais, ganham espaço no comércio mundial.

Segundo Bezerra, os chineses têm várias vantagens sobre os demais países pelo fato de viverem em um regime político rígido, mas de economia aberta. “O operário lá não faz greve, não reivindica aumento de salário, e o plano de saúde é público. Isso colabora para que os produtos deles cheguem com preços mais baixos”, diz.

Mas, na visão dele, o verdadeiro diferencial do chinês é a sua flexibilidade. “Eles aprenderam a fazer negócio com o Ocidente. Quem está invadindo o comércio tem que tratar seus clientes melhores que os outros”, explica.

Para Bezerra, o chinês também se diferencia em saber produzir mercadorias com distintos níveis de qualidade e preços. “Se você pedir para eles uma cadeira popular de qualidade inferior, a custo baixíssimo, e, também, uma outra mais sofisticada, com madeira especial e preço mais alto, eles irão fazer. Ajustam o valor da mercadoria ao que o comprador quer. Esse é o segredo dos produtos chineses no mundo todo”.

ILO SANTIAGO JR.
REPÓRTER

Fonte Diário do Nordeste

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=939577

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