Começou ontem, segundo a assessoria da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará (Sefaz-CE), a fiscalização de estabelecimentos comerciais suspeitos de sonegar impostos em vendas no cartão de crédito. O montante não arrecadado pelo Governo soma R$ 486 milhões, referentes a 2009 e 2010.
Empresários e lojistas ouvidos pelo O POVO apóiam a ação fiscal do governo, mas fazem críticas.
Maia Junior, presidente da Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza (Ascefort) reclama da falta de fiscalização dos ambulantes e comerciantes informais do Centro, o que acaba prejudicando pequenos comerciantes e lojistas que mantém um estabelecimento de forma legal e contribuem com o fisco. “Há uma feira livre instalada embaixo de marquises e nas calçadas com milhares de ambulantes que vendem os mesmos produtos da loja, mas sem imposto”, diz.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, também opina: “Em hipótese alguma apoiamos a venda de mercadoria sem o devido registro e repasso, mas o objetivo da Sefaz já é fiscalizar naturalmente, por isso não havia a necessidade de fazer a propagação e divulgação com tanta ênfase dessa atividade, já que essa é a finalidade natural do órgão”, diz. Para Alves, isso poderia ser entendido por alguns como uma forma de intimidação dos lojistas. A Sefaz deve divulgar ainda hoje o balanço do primeiro dia de fiscalização. (Mariana Penaforte, especial para O POVO)
Publicada em 03/5/2011 O Povo ECONOMIA