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Empresários cearenses se dizem confiantes

By 11/08/2011No Comments

apesar do cenário

Sem planos, por enquanto, de mexer nos investimentos e confiantes nos bons fundamentos da economia brasileira para enfrentar possíveis reflexos causados pelo prenúncio de mais um crise internacional. Assim trabalham as lideranças empresariais cearenses, diante da atual conjuntura, com os principais mercados mundiais – Estados Unidos e Europa – envoltos com problemas de endividamento.

Para o comércio varejista, principal termômetro do mercado, o consumo, não só no Ceará mas em todo o País, deverá continuar acontecendo. “No comércio, a visão geral que se tem é a de que as coisas vão continuar acontecendo. Os investimentos devem permanecer, isto porque acreditamos na continuidade do consumo. O Brasil, de certa forma, está bem melhor preparado para enfrentar uma crise internacional, assim como os brasileiros estão confiantes na economia”, destaca Honório Pinheiro, vice-presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará. “Mas claro que não desprezamos um momento como o que vivemos, pois sabemos da influência da economia norte-americana”, completa.

Crédito preocupa

Entretanto, o que preocupa o setor, esclarece Pinheiro, é o fato de o governo vir a reduzir as linhas de crédito, apontadas como fundamentais para o nível da atividade.

“Se o crédito para o comércio não for mantido, o consumo não deverá acontecer, como pediu a presidente Dilma. Foi a oferta de crédito que nos fez enfrentar a crise de 2008 e 2009. Por isso, acreditamos que as coisas devam continuar acontecendo se ele vier”, argumentou o líder classista.

Mais cautelosa, a indústria, também reforça a importância de manter aquecido o mercado interno para o bom desempenho da economia brasileira. “Embora as empresas voltadas para o comércio internacional devam sofrer com a redução dos preços praticados e do volume comercializado, a gente acredita que o Brasil está bem posicionado. Vai depender de como o governo vai trabalhar, cortando o custeio, mas não os investimentos”, afirma Fernando Castelo Branco, presidente do Conselho de Economia, Finanças e Tributação da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e membro do Conselho de Política Econômica da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

Mercado imobiliário

Com uma histórica demanda reprimida, o mercado imobiliário cearense vive um momento positivo e acredita que a crise venha a atrapalhar seu bom andamento. “Obviamente, o cenário da economia internacional está sendo levado em consideração na hora de analisar investimentos. Contudo, a construção civil no Ceará segue norteada por um crescimento sustentável”, destaca Roberto Sergio Ferreira, presidente do Sindicato das Construção Civil no Estado (Sinduscon-CE).

PELO CONSUMIDOR
Procura por crédito cai pelo 2º mês seguido

São Paulo. A quantidade de pessoas que procurou crédito no País caiu 1,2% em julho na comparação com junho, a segunda queda mensal consecutiva, de acordo com pesquisa divulgada ontem, pela Serasa Experian. Entre julho último e o mesmo mês de 2010, a demanda do consumidor por crédito aumentou 9,3%, enquanto no acumulado de 2011 (janeiro a julho) foi registrada alta de 13%, ante o mesmo período do ano passado.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a queda reflete o atual ciclo de aperto monetário. A instituição acrescenta, em nota, que o aumento dos juros e a adoção de medidas de restrição ao crédito pelo governo deverão produzir menor ritmo de expansão do crédito ao consumidor ao longo deste semestre.

ANCHIETA DANTAS JR.
REPÓRTER

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1024744

 

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