Comercialização de brinquedos, calçados e vestuário; principais escolhas para o presente da criançada, deve alavancar as vendas do comércio na próxima quarta-feira TUNO VIEIRA
compra de última hora
Para minimizar as vendas em baixa dos últimos dias, com as greves, o varejo vai abrir esperando movimento
Acordo celebrado entre os sindicato dos Lojistas e dos Trabalhadores no Comércio estabeleceu que, na próxima quarta-feira, 12 de outubro, feriado de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e também Dia da Criança, as lojas satélites – de rua – e do Centro de Fortaleza funcionarão no horário das 9 às 17 horas, e as dos shoppings, das 10 às 22 horas. A abertura do comércio é aguardada com expectativa pelos shopping centers, que projetam incremento de até 8% nas vendas e de 20%, no fluxo de público, que, em geral, aproveitam a folga para passear nos estabelecimentos.
Considerada a quarta melhor data para o comércio, o Dia da Criança será de grande movimentação nos centros de compras, que prometem muitas animações e brincadeiras para atrair à garotada à diversão, e os pais, às compras. Apesar da greve dos bancários e dos Correios, o lojista e presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping no Ceará (Alshop-CE), Abílio do Carmo, aposta no crescimento nas vendas, sobretudo de brinquedos, calçados e vestuário, na comemoração.
Eletroeletrônicos
“Vamos abrir normalmente. Nossa expectativa é de aumento de 8% nas vendas e de 20%, no fluxo de pessoas” (em relação a igual período do ano passado)”, calcula o lojista. Segundo ele, além dos itens citados acima, os brinquedos eletroeletrônicos portáteis serão destaque nas vendas deste ano.
De acordo com ele, o tíquete (valor) médio dos presentes deve girar em torno de R$ 100,00, o que irá ajudar a minimizar parte dos prejuízos gerados nos últimos 15 dias de greves. “Venda perdida não se recupera”, explica Abílio do Carmo.
Prejuízo em cadeia
Menos otimista com a recuperação nas vendas nas lojas satélites e do centro, o presidente do Sindilojas-CE, Cid Alves, avalia que, dificilmente, o movimento do comércio no Dia da Criança irá reverter as perdas de até 25% nas vendas, registrada nesse período de paralisações dos bancários, dos Correios e dos professores da rede Estadual de Ensino e do Instituto Federal de Ensino Tecnológico (Ifce). “Vai ser bom para alguns setores, de brinquedos, de eletroportáteis, mas em geral as vendas estão em queda”, revela Alves.
Para ele, “o Dia da Criança desse ano está comprometido”, com a redução de moeda circulante no Estado. Conforme explica, além da dificuldade de saque, o que reduz o fluxo de dinheiro em circulação, os pagamentos das faturas em atraso transferem recursos que poderiam ir para o comércio, para o pagamento de juros. “Este ano, o prejuízo financeiro será maior, porque há dois setores importantes em greve, além dos professores”, aponta Cid Alves, para quem o ônus será em cadeia. Segundo ele, com as pessoas com receio de gastar, a queda nas vendas estaria gerando ociosidade nas lojas, diminuindo a rotatividade dos produtos e, consequentemente, reduzindo a renovação dos estoques e a necessidade de mão de obra, e daí, menos salários e renda no mercado.
CARLOS EUGÊNIO
REPÓRTER
Fonte http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1053327
