dia do comerciário
Pessoas que vieram de longe se decepcionaram ao saber que o Mercado Central estava fechado; poucas lojas abriram
O comércio na Capital, ontem, estava praticamente parado. Apesar do Dia do Comerciário só ser celebrado dia 31 de outubro, em Fortaleza a data foi adiantada em uma semana.
Ontem, o movimento nas ruas do Centro era praticamente zero. Turistas ficaram decepcionados ao saber que o Mercado Central estava fechado. Até na tradicional Feira da José Avelino, que costuma ser bastante frequentada nos domingos e segundas-feiras, o movimento tinha caído pela metade. Por causa disso, grande parte dos vendedores ambulantes foram embora mais cedo.
A pernambucana Maria Helena de Lima, 58 anos, não escondeu a decepção ao encontrar o Mercado Central fechado. “Vou embora de mãos vazias. Está errado, não era para estar fechado. Se eu soubesse, teria antecipado as compras”, lamentou.
No entorno da Catedral Metropolitana de Fortaleza, apenas algumas lojas abriram. Elenilda Cruz, de 55 anos, é proprietária de uma loja que comercializa redes e justifica que foi trabalhar porque é comerciante, e não comerciária, mas deixou claro que todos os seus funcionários foram dispensados, apenas ela e o sócio trabalharam.
Antecipação
Cid Alves, presidente do Sindicato dos Lojistas de Fortaleza (Sindilojas), esclarece que existe uma proximidade de feriados, com o Dia de Finados, no dia 2 de novembro. Então, para evitar fechar numa segunda-feira e quarta-feira, o sindicato resolveu antecipar a data do Dia do Comerciário.
Porém, Cid deixa claro que não se trata de um feriado, e sim um acordo firmado com os lojistas para que os trabalhadores do comércio possam ter um dia de descanso. Os setores de serviços e comestíveis não pararam. Mas, todo o comércio lojista, que abrange confecções, tecidos, utilidades, eletrodomésticos, calçados, fechou.
Outras categorias que não fazem parte do Sindilojas também não funcionaram, a exemplo do automobilístico, autopeças, livrarias e frigoríficos. De acordo com o Sindilojas, existe em Fortaleza em torno de 40 mil trabalhadores do comércio.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1061285
