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Insegurança, sujeira e estruturas danificadas são os principais problemas destes pontos históricos de Fortaleza
Não é de agora que as praças do Centro de Fortaleza vêm sofrendo com descaso e abandono. Pontos simbólicos da história da Capital se perdem hoje em meio à insegurança, à sujeira e a estruturas danificadas. Nem mesmo a Praça do Ferreira, que já foi muito conhecida como “Coração da Cidade”, escapa desta dura realidade.
A fonte que cerca a Coluna da Hora há muito tempo está quebrada e, embora seja feita uma limpeza da área todos dias pela manhã e à tarde, segundo informam comerciantes do local, é visível a quantidade de lixo acumulada na água parada. A pouca iluminação à noite e a insegurança são outros problemas relatados pelos frequentadores e comerciantes da região. Há cinco anos, o comerciante Selassiê Sancho aluga uma banca de revistas na praça e há cinco anos, diz ele, a situação é a mesma. “A iluminação aqui de noite é ruim. À tardinha, começa a ficar muito perigoso. Não tem um policiamento fixo”, relata.
Na Praça Clóvis Beviláqua, também conhecida como Praça da Bandeira, a situação é ainda pior. Mesmo após a remoção das cerca de 40 famílias que ocupavam irregularmente o local no início do ano, o espaço continua sem receber atenção. Bancos quebrados, pisos soltos, condições de iluminação precárias e insegurança são os principais problemas enfrentados há anos pela praça. Aos poucos, moradores de rua também têm voltado a ocupar o lugar.
A Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor) reconhece a precariedade das condições da Praça Clóvis Beviláqua. Segundo Luiza Perdigão, secretária da Sercefor, a praça está incluída no projeto “Fortaleza Bela Quero Te Ver”, que prevê uma grande reforma em praças da cidade indicadas pelas Secretarias Executivas Regionais e receberá investimentos na ordem de R$ 30 milhões. As obras, segundo a secretária, estão em processo de licitação.
Já em relação à Praça do Ferreira, a secretária afirma que o local está “permanentemente sob vigilância da Sercefor” e sua manutenção é dificultada pela grande quantidade de gente e eventos que a praça recebe. “A própria falta de educação das pessoas dificulta”, diz.
Para auxiliar a segurança pública no Centro, a secretária informou que serão implantadas câmeras em 13 praças do bairro. As praças do Ferreira, da Bandeira, da Sé e Passeio Público são algumas que receberão os equipamentos.
REGINA PAZ
ESPECIAL PARA CIDADE
Fonte http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1061770