Construção de três corredores com faixa exclusiva para transporte coletivo, a população pagando uma passagem só e rodando por toda Fortaleza sem passar pelos terminais de integração e a promessa de ar-condicionado em todos os ônibus. Sonho? Aparentemente não. Pelo menos foram estas algumas das principais mudanças anunciadas no final da manhã desta terça-feira (19), na sede da superintendência Regional do Banco do Brasil, durante a solenidade de assinatura do financiamento de US$ 82,5 milhões do BID com a Prefeitura, para a implementação do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor).
O projeto orçado em US$ 142 milhões terá o suporte do BID, mas o Poder Municipal precisará investir de US$ 56,8 milhões em cinco anos. As mudanças, para a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, são há muito esperadas e possibilitarão qualidade de vida para os usuários dos transportes coletivos que são prioridade em sua administração.
Nesta primeira etapa do Transfor, serão construídos 82 quilômetros de malha viária, com 30 quilômetros de ciclovias feitas de maneira a ficarem interligadas com os terminais de ônibus. Apesar disso, os terminais de ônibus continuarão e, quatro deles, o do Antônio Bezerra, Papicu, Siqueira e Parangaba, serão ampliados para atender a demanda crescente do transporte público.
Prefeita fala em integração
Prefeita quer a integração dos serviços de transporte dos municípios da Região Metropolitana
Integrar o serviço de transporte de Fortaleza aos existentes nas demais cidades da Região Metropolitana e, inclusive, com o Metrofor. É este um dos objetivos da Prefeitura Municipal de Fortaleza, a partir da implementação do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), em 2007. Para a prefeita Luizianne Lins, há que se fazer uma integração física, operacional e tarifaria entre o setor de transporte desses municípios, adotando uma mesma política para o setor.
Para ela, é inadmissível, por exemplo, que num projeto como o do Metrô de Fortaleza (Metrofor), onde cerca de 80% das obras estão em Fortaleza, o município tenha ficado de fora das discussões e da construção do mesmo. Situação que, acredita, poderá ser modificada no próximo ano, com a posse do novo governo estadual.
Pensamento semelhante ao do vice-governador eleito do Ceará, Francisco Pinheiro. De acordo com ele, embora ainda não tenha se inteirado da situação do Metrofor, há a vontade do novo Governo de trabalhar em parceria com a Prefeitura de Fortaleza. “Estaremos trabalhando em conjunto, do mesmo lado”, ressaltou.
Por isso mesmo, continuou ele, é que acredita nesse projeto de tráfego que será implementado no próximo ano, estando alerta para essas mudanças. Tendo em vista que, disse Pinheiro, toda e qualquer modificação na área de transporte em Fortaleza interfere diretamente no deslocamento dos moradores dos demais municípios da Região Metropolitana.
O coordenador do Transfor, Daniel Lustosa, também defende a integração. Ele ressalta, entretanto, que as semelhanças entre o Transfor e o Metrofor estão apenas no fato de serem grandes obras de tráfego, cortando a capital cearense.
“Os recursos já estão garantidos e não haverá atrasos nessa primeira etapa do projeto”, disse, Lustosa. Ele se referia aos constantes atrasos e paralisações das obras do Metrofor ao longo da obra.
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Apesar da importância dos terminais, quem os utiliza, acaba tendo que acordar mais cedo e passar mais tempo no deslocamento de casa para o destino final, ficando estressado. “Queremos que cada percurso que seja feito na cidade ocorra da forma mais confortável possível”, disse, aventando, inclusive, a possibilidade da frota de ônibus ter ar-condicionado.
Agora, continuou o coordenador do Transfor, Daniel Lustosa, terá maior suporte para o funcionamento. “Ele é o futuro”, explicou Lustosa, para quem o veículo individual está com os dias contados nas grandes cidades devido à superpopulação. Nesta primeira etapa do Transfor, serão construídos 82 quilômetros de malha viária, com 30 quilômetros de ciclovias feitas de maneira a ficarem interligadas com os terminais de ônibus.
Além da implantação dos corredores de transporte exclusivos e preferenciais, o Transfor prevê ainda o alargamentos e recuperação de vias, valorização dos espaços públicos, ampliação e a modernização do sistema de tráfego.
Outro benefício do projeto é a integração temporal. Ela vai permitir ao usuário do transporte coletivo que, durante um determinado período do dia, possa se deslocar pela cidade pagando apenas uma passagem, sem precisar desembarcar nos terminais. O que será possível com a utilização do vale-transporte eletrônico.
Congestionamentos vão continuar
Ao todo, de acordo com o coordenador do Transfor, Daniel Lustosa, na construção dos corredores de transporte, serão feitos 12 viadutos e túneis com alças de acesso. De acordo com ele, as principais obras d´artes -como denomina essas intervenções – serão nas avenidas Engenheiro Santana Júnior com Antônio Sales, onde será construído um túnel.
Mesma intervenção que será feita no cruzamento das avenidas Engenheiro Santana Júnior com a Padre Antônio.
Estas avenidas de Fortaleza, explica Lustosa, recebem um fluxo de veículos intenso, chegando a situações extremas. Só para se ter uma idéia, nos horários de pico do tráfego, como às 18 horas, na Avenida Antônio Sales, chegam a passar cerca de 2.250 veículos por hora, conforme dados da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania de Fortaleza (AMC).
Trafego intenso também têm as avenidas Bezerra de Menezes e a Humberto Monte, umas das principais de Fortaleza. No cruzamento das duas será construído um túnel e um viaduto no Primeiro Anel Viário com a Bezerra de Menezes, conforme o projeto.
Além dessas obras, estão previstos o alargamento de vias e avenidas como as ruas Lauro Vieira Chaves, Padre Pedro de Alencar, Desembargador Praxedes, e avenidas Dr. Theberge e Sargento Hermínio.
Todas essas mudanças poderão deixar a cidade um tanto caótica por um determinado período, entretanto, acredita o assessor técnico do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado, Pessoa Neto, se o Transfor cumprir as metas a que se propõe, o resultado final valerá o sacrifício. Basta ver que, comenta, apesar do Sindicato não ter participado dos estudos para a elaboração do projeto, as intervenções ocorrerão onde hoje estão os principais nós do tráfego.
Negociação se arrasta há uma década
A Prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, foi enfática ao comentar o acordo com o BID. “Finalmente, estamos fazendo a assinatura do financiamento o Transfor”. O “finalmente” se referia ao longo percurso traçado pelo Município, desde a gestão do ex-prefeito Juraci Magalhães, para conseguir a liberação dos recursos.
Só para se ter uma idéia, a possibilidade de se conseguir o empréstimo data de 1998. Na época, após entrar com pedido de financiamento internacional junto ao BID para implementar ações a longo prazo visando as mudanças necessárias no trafego da cidade, a Prefeitura conseguiu a aprovação da Carta Consulta, validando o valor do financiamento.
Os recursos eram para o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza, batizado de Programa BID/FOR I, que na gestão de Luizianne Lins teve o nome trocado para Transfor.
Em outubro do mesmo ano, a primeira missão do BID veio à Fortaleza para realizar os primeiros estudos. A partir de então, as missões se intensificaram, mas só em 2003 veio o parecer favorável. Em 2004, o pedido foi aprovado pela Diretoria Executiva do Banco Interamericano, mas a Prefeitura de Fortaleza tinha contas a pagar com o Governo Federal.
Foi necessário, então, que no ano passado, já na gestão de Luizianne, começassem a ser feitos os ajustamentos para conseguir o empréstimo, como por exemplo, o pagamento das dívidas com a União. Em novembro último, o Governo Federal concedeu a liberação e, finalmente, por volta das 11 horas de ontem, o acordo foi assinado. “Fortaleza vai ser como uma espécie de modelo para nós, na qualidade do serviço de transporte”, disse o representante do BID no Brasil, Waldemar Wirsing.
Personalidades elogiam acordo
O representante do BID, no Brasil, Waldemar Wirsing acredita que o Transfor vai facilitar a vida do cidadão, diminuindo o tempo de deslocamento, com um serviço de qualidade. De acordo com ele, pesquisas indicam que os moradores da periferia gastam 30% do orçamento com transporte, provocando um impacto negativo nos demais setores da sua vida. Por isso, disse, a importância desse acordo e da necessidade de mudança. Para ele, além da vontade política, o empenho dos profissionais que elaboraram o Transfor funcionou como diferencial do projeto
Waldemar Wirsing – Representante do BID no Brasil
Para o coordenador do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), Daniel Lustosa, o dia de ontem foi um marco na história do transporte público de Fortaleza. De acordo com ele, como os terminais de ônibus foram construídos há mais de 14 anos, tempo em que a população de Fortaleza vem crescendo e aumentando o número de veículos nas ruas, a cidade não tem mais como implementar sequer uma linha nova de ônibus. Por isso, acredita ele, o Transfor possibilitará uma mudança tanto na fluidez do tráfego, como na qualidade do serviço para os usuários
Daniel Lustosa – Coordenador do Transfor
O vice-governador eleito, Francisco Pinheiro, vê de maneira positiva as mudanças que a Prefeitura de Fortaleza pretende implementar no tráfego da cidade a partir do próximo ano. Para ele, já estava passando da hora da Prefeitura de Fortaleza e do Governo do Estado trabalharem em parceria pela melhoria da qualidade do transporte. Entende que toda e qualquer mudança nos serviços de deslocamento da capital são importantes para a trafegabilidade do Estado. Em sua avaliação, o Transfor vai colocar Fortaleza na vanguarda do serviço de transporte público do Brasil
Francisco Pinheiro – Vice-governador eleito do Estado
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Fonte: skyscrapercity