Ceará vira aposta de lojistas de outros Estados

BOLA DA VEZ
Bom desempenho da economia do Estado tem sido chamariz para atrair novos negócios e marcas no varejo local.

Embaladas pelo crescimento econômico do Estado e um consequente aumento no poder aquisitivo dos consumidores nos últimos anos, diversas lojas estão enxergando no mercado cearense um boa oportunidade de crescimento e não param de inaugurar novas unidades. Sejam negócios locais ou grandes franquias, a cada mês o Ceará recebe diversas novidades nas ruas, nos shoppings e em outros estabelecimentos comerciais- o que contribui para o giro capital em toda a região, além de garantir novos postos de trabalho.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, essa chegada de novos negócios é uma tendência que já vem acontecendo há algum tempo. “No geral, poucas lojas estão fechando e muitas estão abrindo, incluindo grandes franquias, o que é natural porque o Nordeste está crescendo economicamente acima da média nacional e o Ceará é destaque na região. Para se ter uma ideia, em 2009 o Sindilojas possuia cerca de 8,5 mil unidades associadas e hoje já passamos de 10 mil”, explica, ressaltando o crescimento de 17,6% em um período de três anos.

Cid Alves também garante que não há motivo para preocupação com uma eventual “saturação de mercado”. Conforme diz, “ainda há muito espaço em Fortaleza para a chegada de novas lojas, pois a demanda cresce ao longo dos anos. Cinco shoppings estão sendo construidos simultaneamente na Capital, o que amplia as possibilidades de negócios e abre oportunidades de trabalho. Quanto mais loja, melhor será para o consumidor, até porque a concorrência é sinônimo de redução nos preços”.

O investimento mínimo necessário para abrir uma franquia da Zarkha, marca cearense especializada em calçados masculinos e femininos, é de R$ 360 mil, com retorno previsto entre 18 e 24 meses FOTO: DIVULGAÇÃO

Potencial a explorar 
Apesar da crescente chegada de novas lojas em Fortaleza, Cid Alves explica que o índice poderia ser ainda maior, caso a infraestrutura da cidade melhorasse. “Estamos avançando, mas temos um grande potencial inexplorado devido aos nosso problemas estruturais. O que precisamos é de uma melhor limpeza, organização, até para podermos atrair aquele turista com poder aquisitivo maior, sem falar nos grandes investidores, que não querem levar suas cadeias de lojas para lugares que não tenham condição de manter seus padrões”, opina.

Expansão e novidades
Com tal crescimento na demanda de Fortaleza, torna-se regular a chegada de grandes franquias à cidade. A Uatt?, franquia especializada em presentes e que conta com mais de 40 lojas espalhadas pelo Brasil, por exemplo, chegou ao Ceará, neste mês, no Extra Mr. Hull, com perspectiva de retorno esperado mensal de R$ 35 mil até o fim do ano. Os sócios-proprietários Wellington Lemos e Marcelo Aires investiram cerca de R$ 150 mil no negócio.

Outra marca que resolveu apostar alto em Fortaleza foi a Freitas Varejo, que inaugurou no último dia 13, sua 13ª loja na Capital. A unidade, que fica na Av. 13 de Maio, é um dos projetos mais ambiciosos da marca, conforme a gerente de marketing, Silva Mota. “É a primeira unidade que construímos do zero, pois no geral adquirimos espaços e tentamos acoplar as características da Freitas Varejo. Ela é diferente porque junta tudo o que queremos de uma loja: espaço, diversidade e conforto”.

Franquias buscam shopping centers
A preferência das franquias que estão chegando a Fortaleza tem sido os shopping centers. Por se tratar de um espaço limitado, são nesses espaços que se nota uma maior rotatividade nas lojas, pois uma só abre quando outra fecha. “Só neste semestre, recebemos oito novas franquias e, hoje, já contamos com mais de 20. Os empresários acham que basta abrir uma grande franquia em um shopping center que o negócio tem sucesso garantido, mas não é bem assim. Ter loja em shopping requer experiência no varejo e perspicácia para saber o que pode dar certo”, diz a superintendente do Shopping Benfica, Marcilene Pinheiro.

Ela acrescenta que uma boa dica “é saber se o franqueado tem intenção de abrir unidades em outros locais da Cidade, pois, sendo assim, a mercadoria vem em maior quantidade e reduz os custos do franqueador, que terá que injetar menos recursos”.

Rotatividade
 O Iguatemi foi outro estabelecimento que registrou a chegada de diversos novos pontos neste ano. Somente entre maio e agosto, foram sete novidades, entre lojas, restaurantes e quiosques, e mais quatro estão previstas ainda para este mês: Dudalina, Tip Top, Joiola e Labor Câmbio.

No North Shopping, quatro lojas saíram neste mês, uma foi inaugurada e outras quatro já estão sendo esperadas para esse semestre. São elas: Cosbel, Fisgada Moda Feminina, Essential Parfums e Copilla Jeans.

Em expansão
Assim como grandes franquias passam a chegar, o movimento inverso também é nítido. Um exemplo é a cearense Zarkha, marca de calçados masculinos e femininos que contratou a Franchise Store – líder em venda de franquias multimarcas – para obter seis contratos de nas principais capitais do Brasil até o início do ano que vem. O investimento mínimo em uma franquia Zarkha é de R$ 360 mil, com retorno previsto entre 18 e 24 meses. O faturamento por loja gira em torno de R$ 120 mil mensais.

Fonte: Diário do Nordeste

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Fontes: Diário do Nordeste