CONSERVADORISMO
Apesar de haver sites consagrados, boa parte da população se mantém fora da órbita das compras online
Mesmo com a proliferação de sites varejistas, muitos consumidores de cultura mais conservadora ainda se recusam a desfrutar dos benefícios do comércio on-line. E esta mentalidade, segundo aponta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Freitas Cordeiro, é o principal impedimento para a expansão do setor.
“O comércio eletrônico não vai parar de crescer. A comodidade que ele traz ao cliente e ao empresário é imensa. O que falta é a massificação da cultura de acreditar e efetuar a compra. Muitos ainda se questionam: ´será que vai chegar o produto?´, ´Vai vir em bom estado?´”, diz.
Adesão aumenta
É claro que, no gigantesco universo on-line, existem casos de oportunistas, que acabam tirando proveito dos compradores. Mas, hoje, o mercado já conta com diversos players consagrados cuja seriedade é comprovada. E, com os devidos cuidados, a compra pela internet não traz dor de cabeça. Dessa forma, complementa Freitas, aos poucos, tem ocorrido um aumento na adesão a este segmento. “85% das pessoas usam a internet como forma de consulta. Ele vê todos os detalhes do produto, mas acaba indo à loja física para comprar”, exemplifica.
Inversão
Freitas, contudo, vê, no futuro, uma inversão do que ocorre atualmente: “A meu ver, daqui a um tempo, a alternativa vai ser ir a uma loja física. Comprar pela internet vai ser o normal”.
No caso do pequeno varejo, estima, a mudança de panorama deverá ser bem mais lenta. “O diferencial dele é o corpo a corpo. Aquele cliente fiel que sempre frequenta o seu estabelecimento. Vai demorar para mudar essa tendência”, argumenta.
Exclusão
Para se ter uma noção do quanto ainda pode avançar a modalidade de venda online, segundo dados da Bematech, empresa especializada em soluções para automação comercial, quase 30% dos estabelecimentos do País não contam sequer com conexão à internet. Segundo a empresa, os números vêm melhorando, mas há ainda uma significativa quantidade de oportunidades de desenvolvimento na área. Conforme o estudo, os principais motivos apontados pelos comerciantes para investir em tecnologia são melhoria da gestão do estabelecimento e no atendimento ao cliente.
De acordo com Freitas, para despertar o interesse dos varejistas da Capital em relação ao e-commerce, a CDL realizou recentemente o Ecom (Seminário e Workshop de Comércio, Negócios Eletrônicos e Meios de Pagamentos). “É um projeto que trabalha com as soluções tecnológicas, facilitando os acessos, indicando empresas que trabalham com desenvolvimento de sites”, explica.
VICTOR XIMENES
OPINIÃO DO ESPECIALISTA
Internet deixou os clientes mais atentos
Com o apoio de notebooks, smartphones e tablets, o uso da internet quebrou todas as barreiras. Hoje, estando conectado, o vendedor tem acesso a todos os arquivos, processos e às pessoas necessárias para manter o esforço de vendas no caminho certo.
A internet provocou uma importante mudança no papel dos vendedores. Cada vez mais, estes profissionais se tornam tipos de “consultores” dos produtos e serviços que comercializam. O desafio das empresas é trabalhar no modelo de remuneração dos vendedores à luz deste novo posicionamento.
E se, por um lado, a internet fornece à área de vendas um imenso ferramental para conhecer o comportamento de seu mercado, por outro, permite também a disseminação do conhecimento sobre produtos e serviços, passando ao potencial cliente o entendimento prévio e conhecimento da concorrência.
Este conhecimento dá ao consumidor ou cliente o poder de trocar experiências com outras pessoas e fazer as escolhas que bem entender. Esse cenário traz às áreas de vendas o desafio da excelência, já que com o mundo virtual, o cliente está mais exigente e as empresas estão bem mais vulneráveis.
ENIO KLEIN
Gerente geral de vendas da SalesWays/Brasil
Fonte: Diário do Nordeste
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