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Clandestinos invadem o Centro – DN Cidade

By 13/12/2004janeiro 3rd, 2011No Comments

AMBULANTES  13/12/2004

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Os ambulantes cadastrados reclamam que há concorrência desleal, principalmente, nesta época do ano, em que, normalmente, o consumo aumenta por conta das festas de fim de ano GUSTAVO PELLIZZON

Vendedores ambulantes clandestinos estão “invadindo” o Centro de Fortaleza, deixando os cadastrados indignados com a concorrência que eles consideram desleal. Segundo o titular da Secretaria Executiva Regional (SER) II, Joaquim Neto Bezerra, os fiscais da Prefeitura não estão em greve.

“O efetivo é pequeno e os 30 fiscais terceirizados que reforçam a atividade não estão trabalhando desde o começo do mês, porque estão com o pagamento atrasado. O que complica a situação é que, normalmente, o número de ambulantes cresce neste período do ano”, disse.

Os produtos são os mais variados, como roupas íntimas, óculos, bolsas, cintos, bijuterias, acessórios para telefones celulares (e os próprios telefones), acessórios para equipamentos eletrônicos, frutas, CDs, relógios, brinquedos e lanches, entre outros (grande parte “pirata”).

A titular da Gerência Executiva do Centro, Thereza Neumann Santos de Freitas, destacou que, sem terem qualquer compromisso que permita uma sanção formal, os ambulantes clandestinos ocupam desordenadamente as ruas, sujam e não apresentam uma higiene adequada (no caso dos que comercializam alimentos).

LOJAS – Vendedora de uma loja localizada no cruzamento das ruas Barão do Rio Branco e Guilherme Rocha há uma ano e meio, Márcia Coelho da Silva afirmou que a “invasão” começou a se intensificar ainda no mês de novembro.

O gerente e o subgerente de uma loja situada na Rua General Sampaio, entre Guilherme Rocha e Liberato Barroso, um dos pontos mais críticos, disseram que a “invasão” prejudica o tráfego das pessoas na calçada, além de facilitar a ação dos chamados “descuidistas”. “Para nós, eles não representam problema, mas os ambulantes cadastrados estão se queixando”, dizem.

CADASTRADOS – “Nós trabalhamos o ano inteiro esperando pelo mês de dezembro e acontece isso”, lamentou Francisco Wellington Oliveira Santos, vendedor ambulante há 35 anos. Ele, que alcançou a época do Abrigo Central, acredita que a situação se complica devido ao grande número de ambulantes e a restrição de fiscais para coibir a atividade ilegal.

“Sou cadastrado há dez anos e sempre aumenta o número de vendedores no fim do ano, mas, com a greve dos fiscais, isso aqui está uma loucura”, afirmou Francisco Wesley da Costa.

CLANDESTINOS – Até mesmo os clandestinos estão achando a concorrência grande. Vendedor ambulante não cadastrado há nove anos, Márcio Lima da Silva, que vende acessórios para celular, concordou que as vendas estão difíceis diante da grande oferta.

José Eremízio da Silva Gomes, há menos de um mês na atividade, perdeu o emprego como distribuidor de panfletos de uma loja de celular e encontrou, na venda de kits para “banho de lua”, um bom filão para se sustentar e ajudar a mãe.

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=211845

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