3ª MELHOR DATA
Em outubro, 46,2% dos consumidores de Fortaleza pretendem fazer compras, de acordo com IPDC
A promessa de que a redução do IPI se encerraria no fim de agosto acabou fazendo com que o Dia da Criança fosse cotado como provável terceira data comemorativa mais lucrativa para o varejo em 2012, duas posições acima do alcançado no ano passado.
A previsão, feita pela economista Alex Araújo, ganhou ainda mais força depois que o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), ligado à Fecomércio-CE, divulgou ontem uma estimativa de que 46,2% dos fortalezenses pretendem fazer compras no mês de outubro, o melhor resultado dos últimos 13 meses, bem superior aos 28,1% de setembro, o pior em sete anos.
“As pessoas que aproveitaram agosto para a aquisição de veículos em valores promocionais, usaram, para pagar a primeira parcela (normalmente a mais cara), o dinheiro que geralmente reservam para comprar no vestuário, televisores, etc. Isto fez com que elas evitassem gastar em setembro, o primeiro do último quadrimestre, marcado pelo aquecimento das vendas. Assim, o que não foi gasto no mês passado acabou se acumulado de intenções para outubro”, avalia o economista.
subida no ranking fará com que o Dia da Criança supere o Dia dos Pais e o Dia dos Namorados, ficando atrás somente do Natal e Dia das Mães, que, nesta ordem, costumam liderar.
Confiança
O Índice de Confiança dos Consumidores (ICC) deste mês sinaliza que um indicador de 140,6 (em uma análise de 0 a 200). Esse desempenho é melhor do que o de outubro de 2011, que registrava na época ICC de 133,9. Além disso, é o mais alto indicador desde abril deste ano, quando a confiança foi de 141,0.
Na opinião de Alex Araújo, as análises já apontavam um melhora na confiança do fortalezense, porém isso não se reverteu efetivamente em compras. “Em setembro, havia muita reclamação dos lojistas, pois os números mostravam crescimento expressivo mas eles não viam isso no faturamento”, conta. O estudo indica, também, que o fortalezense está mais confiante em comprar do que em outubro do ano passado. Alex projeta que a partir deste mês o varejo de Fortaleza obtenha uma melhor resposta da confiança do consumidor nas vendas.
“Nós temos uma projeção de que haja um crescimento no faturamento de 8% no Dia das Crianças deste ano em relação a 2011”, espera o economista.
Passeios estão mais caros
São Paulo. Neste Dia da Criança, os preços dos principais presentes estão mais baratos, mas os valores de serviços e passeios, como cinema e teatro, ficaram mais caros, segundo a pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
De acordo com a fundação, a variação média dos produtos e serviços mais procurados no Dia das Crianças foi de 3,19%, abaixo da inflação acumulada entre outubro de 2011 e setembro de 2012 (de 5,73%, de acordo com o IPC). No caso dos presentes, a variação foi de queda de 3,57%, sendo que a principal foi dos aparelhos de TV, de 9,64%.
Também tiveram queda computadores e periféricos (2,44%), celulares (4,06%) e máquinas fotográficas e filmadoras (7,08%). Já os gastos com vestuário subiram menos que a inflação, 4,03%.
Puxando o índice para cima, ficaram os serviços e os produtos associados a passeios. O preço dos refrigerantes subiu 8,91%, o bilhete do cinema teve alta de 8,27% e o gasto com doces e salgados subiu menos que a inflação, 4,87%.
Inflação futura
A inflação medida pelos índices gerais de preços (IGPs) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) tende a entrar em um ciclo de desaceleração, segundo o coordenador de Análises Econômica do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Salomão Quadros. A primeira prévia do IGP-M em outubro captou um recuo dos preços de 0,59% em setembro para 0,31% neste mês, a menor taxa registrada desde março deste ano, quando o índice ficou em 0,23%. Em 12 meses, o indicador está em 7,83% e, no ano, acumula alta de 7,42%.
Não existem, neste quarto trimestre do ano, fatores econômicos que motivem o avanço dos preços, como os choques de oferta de produtos agrícolas que determinaram o comportamento da inflação no primeiro semestre. Em outubro, a desaceleração foi motivada por um recuo dos preços dos produtos agrícolas no atacado.
A taxa caiu 0,21%, principalmente, por causa da soja (de 3,48% para -3,28%) e do milho (de 1,62% para -3,71%), no período. Para a corretora Concórdia, “a descompressão observada nos produtos de origem agropecuária deve persistir ao longo do mês, como reflexo da melhor safra de grãos tanto no Brasil quanto em outros países produtores”, segundo relatório.
Recuo
3,57 por cento foi a variação na queda no preço dos presentes, sendo que a principal foi dos aparelhos de TV, com 9,74%. Também tiveram queda computadores em 2,44%
Fonte: Diário do Nordeste