A Prefeitura de Fortaleza está investindo cerca de R$ 5,086 milhões no Centro. Os recursos vêm sendo alocados em ações como conservação e limpeza de ruas e praças, jardinagem, arborização, iluminação pública, recuperação de logradouros, reforma de praças e desenvolvimento do Plano de Habitação para o Centro de Fortaleza. O titular da Secretaria Extraordinária (Sece), Paulo de Tarso, destaca que a secretaria não executa obras.
´Nós fazemos a ponte entre as demandas do setor privado e as soluções apresentadas pelo setor público´, afirma. Ele acrescenta que a pasta costuma fazer o diagnóstico da área e propor ações de intervenção. Estas, por sua vez, são feitas por outros órgãos da administração, tendo como braços executivos a Regional II e a Infra-Estrutura (Seinf).
Os investimentos na área central, no tocante à infra-estrutura vêm sendo realizados em forma de Operação. Envolvem frezagem, redimensionamento e elevação de calhas de águas pluviais, principalmente em trecho de tráfego pesado — como na Rua General Sampaio —, tapa buracos e recapeamento asfáltico. Todos sob responsabilidade da Usina de Asfalto.
Os serviços realizados pela Regional II (SER-II) dizem respeito à limpeza de boca de lobo, galerias de águas pluviais, reposição de tampas em concreto e grades, bem como trilhos em caixas de visita do sistema. Incluem, ainda, recuperação de pavimentação em pedra tosca e paralelepípedo das vias, como na Monsenhor Tabosa e Rua Castro e Silva.
Paulo de Tarso reconhece que uma das principais demandas dos comerciantes do bairro é o reordenamento do comércio informal. Na sua avaliação, as soluções passam ´pela redistribuição dos ambulantes no passeios com o objetivo de dar acessibilidade a todos e desobstrução de espaços públicos´. Os empresários também querem maior segurança patrimonial na área e manutenção de praças e equipamentos públicos.
Para o presidente da Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza (Ascefort), João Maia Júnior, as iniciativas até hoje apresentadas pelo poder público municipal são apenas pontuais, paliativas. ´A Operação Fortaleza Bela realmente começou pela limpeza do Centro, mas parou por aí. Ruas como Liberato Barroso e Guilherme Rocha, pelas quais passam de 80 a 100 mil pessoas por dia, continuam sem manutenção direta. Num sábado, mandar 40 garis para varrer o Centro é o mesmo que enxugar gelo´, reclama. (SC)