Por ÉRICO FIRMO do Jornal O Povo
A mensagem que o prefeito Roberto Cláudio (PSB) leva hoje à Câmara Municipal será repleta de dados e números sobre a herança recebida da gestão Luizianne Lins (PT). Três pontos são particularmente relevantes. Primeiro, o tamanho da dívida. Segundo a nova administração, foram contabilizados R$ 375 milhões. Será apresentado gráfico da evolução desse índice, que mostra aumento desproporcional entre 2012 e 2013. O segundo aspecto é em relação ao funcionalismo público. Foram identificados cerca de 59 mil trabalhadores na administração. Do total, 28 mil são servidores de carreira. Ou seja, 31 mil são contratados em outras modalidades diversas – terceirizações em particular. Um caso chamou particularmente atenção: a Etufor tinha 136 cargos comissionados no fim da gestão Juraci Magalhães, em 2004. Atualmente, passam de 1,3 mil, de acordo com a equipe de Roberto Cláudio. Ou seja, 10 vezes mais. Outro dado que será destacado: a folha de pessoal cresceu 146% ao longo da administração Luizianne – quase o triplo da inflação do período medida pelo IPCA. Terceiro aspecto presente na mensagem se refere às obras inacabadas. Roberto Cláudio irá listar quais são elas e apresentará estimativa do valor para concluir o que falta. A projeção é de que, somado à dívida de R$ 375 milhões, o montante seja superior a R$ 500 milhões para arcar com despesas e obras herdadas de Luizianne.
Quanto à parte positiva da herança, há R$ 691 milhões em financiamentos amarrados, entre convênios e empréstimos. Contudo, para o dinheiro ser liberado, há necessidade de contrapartidas do Município que somam R$ 430 milhões. Verba que a Prefeitura não tem.