Opinião O Povo
Esta pergunta nos inquieta profundamente, pelas graves consequências sociais e humanas. O tema é doloroso, mas infelizmente é uma possibilidade real e exige medidas urgentes hoje para melhorar a segurança hídrica e alimentar do Semiárido.
Enviamos carta à presidente Dilma Rousseff sobre o tema e é justo salientar que o Governo desenvolve, com sucesso, um conjunto de ações sociais importantes, como Seguro Safra, Bolsa Estiagem e apoio à agricultura familiar, que mudaram os efeitos da seca, além de outras ações de transformação do Ceará, como o premiado programa de alfabetização Paic, a escola profissionalizante em tempo integral e o Eixão das Águas.
Gostaríamos de que, em função da possibilidade de prolongamento da estiagem, seja executado em regime de urgência, um amplo programa de construção de adutoras para garantir água para as cidades em colapso de abastecimento, perfuração de poços, instalação de dessalinizadores de tratamento d’água e a produção de pastagens e de alimentos nos perímetros irrigados que têm disponibilidade de água, garantindo também a sobrevivência dos rebanhos.
Temos que tratar igualmente a estruturação da região para esta seca e as futuras. A execução das obras de transposição de águas do São Francisco e o Cinturão das Águas do Ceará, obras essenciais para o Estado, deve ter seus cronogramas antecipados, construídas em regime de urgências para nos socorrer já em 2014. É possível? Sim. Com vontade política e gestão, o Ceará construiu, no governo Ciro, o canaldo trabalhador com 102 km em apenas 92 dias e hoje temos mais recursos tecnológicos.
Importante também a dinamização das obras da siderúrgica e da refinaria para gerarem emprego e renda e combater a maior consequência de uma seca: a miséria, a pobreza. Estes dois empreendimentos são âncoras e devem ser tratados e executados como estratégicos para dotar definitivamente o Ceará de melhores condições de convivência com as secas.
Fonte Jornal O Povo