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Centro é o bairro menos acessível de Fortaleza

By 08/03/2013maio 15th, 2013No Comments

RELATÓRIO
Segundo IBGE, 27,69% da população da Capital tem alguma deficiência; obras e calçadas altas são obstáculos

Para debater a importância da acessibilidade em Fortaleza, aconteceu, na tarde de ontem, na Procuradoria-Geral de Justiça, o Fórum Permanente de Defesa dos Idosos e das Pessoas com Deficiência (FID), que reuniu representantes de entidades sociais, profissionais liberais, assistentes sociais e pessoas idosas ou portadoras de deficiência. Na ocasião, o arquiteto Fernando Zornitta apresentou um relatório que aponta o Centro como o bairro menos acessível para quem tem algum tipo de limitação física

Especialistas temem que a cidade não esteja pronta o suficiente para atender pessoas com necessidades especiais na Copa do Mundo de 2014 Foto: Kiko Silva
Especialistas temem que a cidade não esteja pronta o suficiente para atender pessoas com necessidades especiais na Copa do Mundo de 2014 Foto: Kiko Silva

Basta dar uma volta por lá para perceber que a quantidade de barreiras para uma pessoa sem visão, por exemplo, são várias. Sem falar para os cadeirantes, que também não possuem condições de transitar pelo local com segurança e tranquilidade“, analisa o pesquisador. Zornitta cita obras inacabadas e calçadas altas como um dos principais problemas do Centro.

Problemas
Atualmente, 27,69% da população de Fortaleza apresenta alguma deficiência, segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil, 23,9% da população é portadora de limitação física, sendo a maioria com mais de 65 anos, segundo IBGE.

Outros problemas observados em Fortaleza, conforme Zornitta, são as edificações, ou seja, prédios e espaços que não facilitam o deslocamento do cadeirante, assim como falhas no transportes públicos. A maior preocupação de Zornitta, porém, é com a chegada da Copa do Mundo de 2014. Ele teme que a cidade não esteja pronta o suficiente para atender necessidades especiais.

“O deficiente não é uma pessoa incapaz, pelo contrário. O que o torna assim é a falta de um ambiente adequado”, afirma o arquiteto.

Na opinião do procurador e organizador do FID, Luiz Eduardo dos Santos, é preciso que o poder público observe com mais rigor se lixos, postes ou vendedores ambulantes estão em locais errados ou dificultando o deslocamento de pessoas com deficiências na cidade.

O FID, que acontece regularmente, tem como intenção analisar situação de Fortaleza em relação à igualdade, urbanismo, respeito e acessibilidade.

No entanto, as pesquisas apresentadas no encontro constataram que a Capital ainda apresenta carências quanto aos tópicos citados acima, sobretudo a acessibilidade.

LÍVIA LOPES
REPÓRTER
Fonte Diário do Nordeste Cidade .