Centro
A Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza (Ascefort) reclama perdas no comércio em função da concorrência de trabalhadores informais, os camelôs. Por conta disso, deixaram de ser criados quase sete mil empregos neste período que antecede o Dia do Pais, conforme o presidente da entidade, João Maia Santos Júnior.
“O Centro congrega 68,49 mil empregos diretos. O miolo do Centro gera 19 mil empregos nessa época. Estamos com pouco mais de 11 mil. É inconcebível você embaixo da sua marquise um camarada que vende o seu mesmo produto, e de fonte duvidosa. Na medida que você para de vender, os custos são elevados e você tem que demitir”, queixou-se Maia, ontem à noite, em reunião entre empresários e a Secretaria de Finanças do Município (Sefin).
“A gente sabe que, do meio da rua, já saíram vários empresários, mas não é por isso que a rua pode ficar da maneira que se encontra. Tem lojista que não tem como receber seus clientes porque as ruas estão intransitáveis”, disse José Airton Boris Ponte, das Casas Boris.
A Ascefort diz ser a favor da formalização dos camelôs por meio do programa Empreendedor Individual, mas teme que poucos sejam regularizados e que a maioria continue a ocupar o espaço público de forma irregular.
Tramitam na Câmara Municipal dois projetos que tornam obrigatória a formalização para permissionários, informou o assessor técnico da Sefin, Rodrigo Pordeus. “A Prefeitura está dando passos para tirar as pessoas da clandestinidade. Isso é o primeiro passo. Quem quiser continuar clandestino, não vai ter espaço para as políticas públicas e vai ser reprimido pela fiscalização”, comentou.
Conforme a Ascefort, a secretária do Centro, Luiza Perdigão, foi convidada, mas não compareceu. O POVO tentou contato com ela, mas o telefone celular não foi atendido e nem houve retorno até o fechamento.(Andreh Jonathas)
Fonte Jornal O Povo