Segundo revela a Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza circulam por ali, diariamente, 300 mil pessoas. As empresas formais – aquelas que recolhem impostos e cumprem o que manda a legislação trabalhista – geram 68.500 empregos. É lá que está o maior acervo do patrimônio histórico e cultural do Estado. Infelizmente, essa riqueza – que poderia atrair a atenção dos turistas e dos próprios cearenses – está inacessível. A Praça José de Alencar, onde se localiza o Theatro José de Alencar, foi transformada em shopping a céu aberto, sob o qual convivem camelôs e punguistas, disputando clientes no grito e incautos na força. Resumindo: o centro de Fortaleza virou zona de risco. Na tentativa de encontrar soluções para o que consideram modelo acabado do caos, a Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza promoverá amanhã, no Sindicato do Comércio Lojista (Sindilojas), uma reunião com o comandante do Policiamento da Capital, coronel Jarbas Araújo. A entidade considera que, além da concorrência predatória do comércio informal, é preciso estancar o crescimento da insegurança naquela região da capital do Ceará. Até a Catedral Metropolitana – um espaço sagrado de oração – oferece risco aos turistas e aos residentes. Como o policiamento no centro da cidade emite sinais de debilidade, os lojistas do centro esperam que a reunião provoque um raio de esperança.
Prezado(a) Companheiro(a),
O centro de Fortaleza recebe diariamente cerca de 300 mil pessoas, gera 68.490 empregos diretos, é o segundo maior arrecadador de ICMS do Estado do Ceará (lembrando que o primeiro é Fortaleza).
A economia subterrânea conhecida como informal, como todos sabem, se sobrepõe em mais de duas vezes ao faturamento da economia formal das empresas estabelecidas no centro da cidade de Fortaleza mas não aparece nas estatísticas de nenhuma pesquisa. Alheios aos compromissos e contribuições sociais, ignorando a geração de impostos para o erário que viabiliza o desenvolvimento com qualidade de vida, saúde, educação etc, como incentivo, ainda recebe o aval do poder público.
No centro continua existindo o maior acervo de patrimônio histórico e cultural do Estado, mas infelizmente, não conseguem torná-los atrativos constantes para os cearenses e turistas que visitam Fortaleza.
A Gestão Fortaleza Bela sem planejamento algum ainda não saiu do papel para o centro da cidade, nada foi realizado e nem será, diferente de outras regiões de Fortaleza que se ouve notícias de concretizações de ações. O centro passa hoje os piores momento de sua história, o maior shopping a céu aberto do Ceará virou uma feira livre permanente, todos os dias, gerando uma concorrência desleal e predatória sem restrição de lugar. Embaixo das marquises das lojas, sob viaduto, em frente à Catedral, nas praças, correndo sérios riscos também de se ampliar cada vez mais, pois a gestão que deveria cuidar do centro, num escândalo flagrante promove amiúde, na contra mão dos interesses dos cidadãos, aos olhos de tudo e de todos a ampliação de novos cadastros, transformando protocolos de requerimentos em cadastros definitivos, conforme os próprios ambulantes.
Na verdade ambulantes irregulares estão agora efetivamente fixos, se apropriando dos espaços públicos sem nenhuma expectativa de disciplinamento até o ultimo dia da gestão, de quem deveria cuidar garantindo a qualidade de vida com conforto e segurança, vai mesmo é continuar o caos nos passeios, estreitando as calçadas, prejudicando a mobilidade do cidadão, gerando o desemprego (formal), levando também nossos comerciário ao real sufoco.
Diante de tudo a insegurança do centro vem tentando se instalar, através de exemplos tristes como o abandono da favela no prédio do Poupa Ganha, a fanfarra da rua José Avelino (lá se vende tudo sem satisfação nenhuma à Prefeitura e ao Estado), Buraco da Gia e o “Moura Brasil – Oitão Preto” que tem descido para a praça da Estação (equipamento federal tombado, um dos principais pontos histórico de Fortaleza), propiciando uma crise extremamente grave e constante, diariamente com assaltos as lojas, a pedestres e até crime de morte de policial, aumentando o terror e o medo. O espaço da praça virou esconderijo para maus feitores, bandidos mesmo, demonstrando o sinal de falência do poder publico, que não ocupa seu espaço dando lugar a todo tipo de contratempo.
Para tanto, ao tempo que resistimos a esse processo de degradação e insegurança da região, implantado pelas circunstâncias e olhar vazio do poder público municipal e estadual, que podia ajudar, mas fingi não ter responsabilidade sobre a situação, estamos convidando o(a) nobre companheiro(a) para participar da reunião acima mencionada que discutirá formas mais dignas e decentes de enfrentarmos o caos.