Futebol
Sujeira, grandes congestionamentos, insegurança e vias com ambulantes são as principais reclamações
Qual Centro que queremos para a Copa do Mundo de 2014? A questão preocupa, tanto que será tema de debate hoje, às 18h30, na sede do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas). Entre populares, sobram reclamações, principalmente com relação a sujeira, insegurança e a enorme quantidade de vendedores ambulantes. Eles estão por toda parte, ocupando praças e calçadas e obrigando pedestres a se aventurarem pelas vias públicas, entre os veículos.
De acordo com a entidade, o bairro passa hoje pelos piores momentos de sua história. Em nota, eles denunciam que os vendedores ambulantes estão efetivamente fixos, se apropriando dos espaços públicos sem nenhuma expectativa de disciplinamento. “Estreitando calçadas, prejudicando a mobilidade do cidadão, gerando desemprego (formal) e deixando os comerciários no sufoco”.
Na Praça da Estação, uma feira livre ocupa todo logradouro. Até o mini terminal que lá funcionava teve de sair. São os 1.400 feirantes que eram da Praça da Lagoinha e foram transferidos para que começassem as obras da estação de metrô do Centro. A consultora de vendas Jaqueline Aguiar, 36, reclama que, com os camelôs, as ruas ficam ainda mais estreitas. “É muita gente tumultuada umas em cima das outras e a gente não consegue se locomover”.
Diariamente, cerca de 300 mil pessoas passam pelo Centro de Fortaleza. O bairro gera 68.490 empregos diretos, tornando-se o segundo maior arrecadador de ICMS do Ceará, perdendo apenas para Fortaleza. No entanto, a reclamação do Sindilojas é que a economia informal se sobrepõe em mais de duas vezes ao faturamento da economia formal das empresas estabelecidas no Centro.
A queixa é a mesma do taxista Giordano Mota de Almeida, 60. Para ele, a primeira medida que a Prefeitura de Fortaleza deveria tomar seria retirar os vendedores ambulantes das calçadas. “Está impossível transitar no Centro e com a Copa do Mundo o fluxo de turistas deverá triplicar. Eu sei que essas pessoas têm que encontrar um meio de sobreviver, mas está muito desordenado, a Prefeitura precisa encontrar um local para eles”.
Em tom de ironia, o aposentado Carlos Viana, 67, disse que uma palavra resume bem o que o Centro precisa: tudo. A começar pela Praça do Ferreira, que segundo afirma, está abandonada e durante a noite vira dormitório, resultando em sujeira.
LUANA LIMA
REPÓRTER
Fonte http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1017526
Prezado(a) Companheiro(a),
O centro de Fortaleza recebe diariamente cerca de 300 mil pessoas, gera 68.490 empregos diretos, é o segundo maior arrecadador de ICMS do Estado do Ceará (lembrando que o primeiro é Fortaleza).
A economia subterrânea conhecida como informal, como todos sabem, se sobrepõe em mais de duas vezes ao faturamento da economia formal das empresas estabelecidas no centro da cidade de Fortaleza mas não aparece nas estatísticas de nenhuma pesquisa. Alheios aos compromissos e contribuições sociais, ignorando a geração de impostos para o erário que viabiliza o desenvolvimento com qualidade de vida, saúde, educação etc, como incentivo, ainda recebe o aval do poder público.
No centro continua existindo o maior acervo de patrimônio histórico e cultural do Estado, mas infelizmente, não conseguem torná-los atrativos constantes para os cearenses e turistas que visitam Fortaleza.
A Gestão Fortaleza Bela sem planejamento algum ainda não saiu do papel para o centro da cidade, nada foi realizado e nem será, diferente de outras regiões de Fortaleza que se ouve notícias de concretizações de ações. O centro passa hoje os piores momento de sua história, o maior shopping a céu aberto do Ceará virou uma feira livre permanente, todos os dias, gerando uma concorrência desleal e predatória sem restrição de lugar. Embaixo das marquises das lojas, sob viaduto, em frente à Catedral, nas praças, correndo sérios riscos também de se ampliar cada vez mais, pois a gestão que deveria cuidar do centro, num escândalo flagrante promove amiúde, na contra mão dos interesses dos cidadãos, aos olhos de tudo e de todos a ampliação de novos cadastros, transformando protocolos de requerimentos em cadastros definitivos, conforme os próprios ambulantes.
Na verdade ambulantes irregulares estão agora efetivamente fixos, se apropriando dos espaços públicos sem nenhuma expectativa de disciplinamento até o ultimo dia da gestão, de quem deveria cuidar garantindo a qualidade de vida com conforto e segurança, vai mesmo é continuar o caos nos passeios, estreitando as calçadas, prejudicando a mobilidade do cidadão, gerando o desemprego (formal), levando também nossos comerciário ao real sufoco.
Diante de tudo a insegurança do centro vem tentando se instalar, através de exemplos tristes como o abandono da favela no prédio do Poupa Ganha, a fanfarra da rua José Avelino (lá se vende tudo sem satisfação nenhuma à Prefeitura e ao Estado), Buraco da Gia e o “Moura Brasil – Oitão Preto” que tem descido para a praça da Estação (equipamento federal tombado, um dos principais pontos histórico de Fortaleza), propiciando uma crise extremamente grave e constante, diariamente com assaltos as lojas, a pedestres e até crime de morte de policial, aumentando o terror e o medo. O espaço da praça virou esconderijo para maus feitores, bandidos mesmo, demonstrando o sinal de falência do poder publico, que não ocupa seu espaço dando lugar a todo tipo de contratempo.