LIGAÇÕES CLANDESTINAS
Cerca de 500 vendedores ambulantes, a maioria de CD’s piratas, tiveram cortada a energia clandestina. A fiscalização rotineira da Coelce aconteceu no Centro, ontem à tarde, mais precisamente nas ruas General Sampaio, Floriano Peixoto, Guilherme Rocha, Barão do Rio Branco e Senador Pompeu.
A intenção da empresa é que essas pessoas regularizem a situação na Secretaria Executiva Regional (SER) da área em questão, assim como prevenir acidentes, uma vez que gambiarras põem em perigo os transeuntes.
De acordo com o eletrotécnico da Coelce e responsável pelas cinco equipes em serviço, Orlando Lopes, apesar dos 500 ambulantes estarem se beneficiando da energia pública, a ação seria rápida. Isto porque, apenas um ramal alimenta um quarteirão inteiro. Os fios soltos pela rua, ressalta, resultam num grande perigo. “Caso haja algum acidente, a culpa vai ser da concessionária de energia”. Como os ambulantes não são clientes da Coelce, não há como multá-los. Por isso, conclui, eles querem vencer a companhia pelo cansaço.
Ao ser abordada pelo eletrotécnico Orlando Lopes, uma ambulante da General Sampaio aceitou ter a “energia” cortada, mas se recusou a dar maiores detalhes do tempo que está instalada no local. Poucos metros depois, uma nova banca de CD’s. Maria das Graças Silva, responsável pela venda do produto, informou que estava ali fazendo um favor para irmã Maria Aldenir Moreira da Silva, proprietária da banca e que teve que resolver problemas particulares.
Um caso à parte foi constatado, ainda, na General Sampaio. É que a proprietária de uma banca de CD’s estava utilizando energia da banca de jornal, cujo fio era curto e estava no alto. O esposo dela, Francisco Edno de Alcântara, contou que montou a banca de CD’s há duas semanas porque o dinheiro só com as corridas de táxi não estava dando mais para sustentar a família. O acordo feito com o amigo e dono da banca é que ele pagaria o excedente da conta de energia dele.
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