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Começa operação para desocupar calçadas

By 21/12/2011No Comments

Prefeitura dá início à operação para impedir que ambulantes não cadastrados ocupem as calçadas. Nas praças, a situação melhorou, mas nas galerias o aperto é o de sempre.

Acima, a calçada da Cidade da Criança está com o passeio livre do comércio de vendedores ambulantes; na foto abaixo, na galeria da Liberato Barroso, o problema continua (FOTO: IGOR DE MELO)
Acima, a calçada da Cidade da Criança está com o passeio livre do comércio de vendedores ambulantes; na foto abaixo, na galeria da Liberato Barroso, o problema continua (FOTO: IGOR DE MELO)

A vendedora de confecções Valdênia Alves, 38, esperava o relógio marcar 17 horas para estender as roupas guardadas nas sacolas e colocar os manequins de pé para começar o dia de vendas na praça José de Alencar. Com o início da operação Espaço Garantido, organizada pela Secretaria Regional do Centro (Sercefor), comerciantes ambulantes não cadastrados estão proibidos de vender naquela praça, na calçada da Cidade da Criança, na praça do Ferreira e nas galerias Guilherme Rocha e Liberato Barroso.

O POVO esteve nesses locais no fim da tarde de ontem. Pelo menos até o fim do horário de trabalho dos fiscais, as praças estavam livres para a passagem de quem lota o Centro para as compras de Natal. Nas galerias, onde só passam pedestres, a desorganização continua a mesma.

“A gente vende bem à noite, quando eles vão embora”, conta Valdênia. Antes que escurecesse, porém, havia quem desse um jeitinho para garantir o apurado no outro lado da praça, perto do teatro. “Estamos proibidos. Eu fico aqui no canto, porque é até inconveniente ficar no meio. Tem que respeitar a passagem pública”, atesta a vendedora Socorro Amâncio, 67, encolhida em um banco com os vestidos para criança nas mãos.

Perto dali, chama a atenção a babel de barracas que ocupa toda a galeria Liberato Barroso. Na Guilherme Rocha, além dos cadastrados, bancas e carrocinhas com CDs e DVDs piratas, quiosques de água de coco e outras vendas improvisadas em carros de mão ou tábuas tumultuam a passagem.

Na praça do Ferreira, o trabalho dos fiscais é contra a investida de vendedores de lanches e de brinquedos para crianças. Os primeiros, impedidos de ficar na praça, encostam as carrocinhas às margens. A turma dos brinquedos pendura os produtos e passa despercebida.

Na calçada da Cidade da Criança, o passeio está livre de ambulantes. Nada que mudasse a opinião da cabeleireira Rosângela Silva, 38. “É muito bagunçado: muito lixo e carro. Até o centro de Parnaíba (PI), que é uma cidade menor, é mais organizado que aqui”, compara.

Canal de denúncia

A titular da Sercefor, Luiza Perdigão, diz que a equipe de fiscais foi ampliada em outubro para 150. Segundo ela, não há perspectiva de estender o horário de trabalho e o município tem um limite para contratação de pessoal.

Na avaliação da secretária, a operação é importante porque marca a presença da fiscalização nas ruas. “Queremos abrir um canal de comunicação para que lojistas e a população denuncie. Os fiscais não podem ficar plantados em um só lugar”, diz.

Ainda segundo Luiza, o problema dos ambulantes é histórico e “não se pode consertar em dois ou três anos”. “Queremos terminar 2012 com um ou dois centros populares de comércio construídos”, aponta a secretária.

ENTENDA A NOTÍCIA

A Sercefor escolheu galerias e praças consideradas reordenadas pela Prefeitura. Com as vendas do fim do ano, os vendedores ambulantes não cadastrados voltam a esses locais, atrapalhando a passagem dos pedestres. A operação segue até o dia 29 deste mês.

 

SERVIÇO

Denuncie o comércio ambulante irregular no Centro

Onde: Rua Guilherme Rocha, 175, 1º andar – Centro
Ouvidoria da Sercefor: 3226 5059

 

Confronto das ideias

Você é a favor da retirada dos ambulantes das praças e ruas do Centro?

 SIM

Tiram e voltam

“Eu sou a favor. Não dá para andar porque é cheio de gente, de vendedor. Hoje (na praça José de Alencar) está bom para as pessoas andarem. Ruim é porque tiram e eles voltam”, reclama a aposentada Filomena Fernandes.

Filomena Fernandes, 71, aposentada

 

NÃO

Impacto no bolso

O casal Elisângela e Erivaldo costuma comprar roupas na praça. “Com certeza é errado tirarem eles. A confecção é muito mais em conta aqui. Eles (fiscais) não espantam quem faz coisa ruim nessa praça”, denuncia.

Elisângela Silva, costureira e Erivaldo Rodrigues

Thiago Mendes
[email protected]

Fonte: Jornal O Povo 

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Comentário:

Prezado Empresário
JOCELIM APOLIANO

Registramos sua preocupação de nós comerciantes denunciarmos o comercio ambulante ilegal desleal e predador, que atualmente estão sem medidas instalados em baixo das marquises das lojas, alem de provocar uma poluição visual degradante concorrendo diretamente negociando os mesmos produtos dos lojistas, tendo em vista a Sercefor, abrir um canal de comunicação (85) 3226 5059, para que lojistas e a população denuncie (em anexo). Porem lembramos que dos 960 ambulantes cadastrados em 2004, hoje são apenas 100, dos 2623 identificados hoje 2523 já são apadrinhados pelo atual governo municipal, diante a falência administrativa e inoperância fica mais difícil ainda quando a palavra oficial da secretaria da pasta é que: “a política dessa gestão tem os ambulantes como um dos atores, assim como os consumidores, pedestres e comerciantes legais”. Você vê que é impossível uma pessoa de sã consciência enxergar ILEGAIS como se LEGAIS fossem e recolherem para o erário, perseguindo esse raciocínio a Sercefor anda na contra-mão da realidade e o centro escreve hoje os piores momentos da historia.

 

Maia Júnior

(85) 8802 6813

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