METROFOR
Passageiros esperaram 45 minutos pelo trem, ontem, na Estação Carlitos Benevides; atraso já virou rotina
- Outros problemas são apontados pela população, como catracas que não funcionam e defeitos no ar-condicionado e nas portas FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES
Os passageiros da Linha Sul do Metrô de Fortaleza (Metrofor) passaram cerca de 45 minutos esperando a chegada do trem na Estação Carlitos Benevides, em Pacatuba, na manhã de ontem. Além de irritados, os motoristas ficaram descrentes no serviço, já que essa não é a primeira vez que o problema acontece.
De acordo com os usuários, a linha ficou parada das 7h40 até as 9h25. “Perguntei a um rapaz que estava fardado como funcionário do metrô sobre o que estava acontecendo e ele apenas falou que o trem tinha ido fazer uma manobra lá no galpão e que já ia sair”, afirma o auxiliar de farmácia Diego Marques.
Ainda de acordo com Diego, os atrasos são periódicos. No começo, o tempo entre um trem e outro era de 20 minutos no máximo, só que, hoje, atrasos de uma hora já são registrados, dificultando ainda mais a vida pessoas que usam o transporte.
Segundo Diego, as catracas não funcionam, e os usuários colocam a passagem dentro de uma urna. Por conta disso, os passageiros não têm como fazer integração com o bilhete único e, para conseguir seguir viagem, são obrigados a pagar do próprio bolso as passagens de ônibus.
Segundo outro passageiro, que não quis se identificar, o trem que saía da estação de Pacatuba para a Parangaba passou a viagem inteira apresentando problemas no ar-condicionado, com as luzes parcialmente desligadas e, ao chegar nas estações, as portas não abriam ou não fechavam. “Às vezes, tem que desligar todo o sistema e religar para funcionar, os maquinistas, inclusive, falam pelo sistema de áudio que a situação está precária”.
Na opinião de Rogério Guerra, o principal problema é a falta de horários fixos para o metrô parar em cada estação. “A gente nunca sabe que horas vai chegar em casa, se o trem não tem hora certa”, aponta.
Outra questão levantada por ele é o preço elevado para um serviço que não funciona de forma plena. “Há poucos trens, não tem catraca, não tem hora certa. Então, eles deveriam cobrar um preço apenas simbólico, pois não oferecem à população o melhor possível”, avalia.
A dona de casa Lúcia Carmem Fonseca reclamou da dificuldade de entrar ou sair do trem nos horários de pico. “A falta de educação das pessoas é muito grande. Não esperam quem está dentro sair, por isso fica uma confusão”, frisa.
O Metrofor, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que um problema no sistema de ar-condicionado de um dos trens impossibilitou que o mesmo realizasse o trajeto Fortaleza-Pacatuba da Linha Sul, tendo de ser recolhido.
Portanto, durante parte da manhã, dois trens circularam, das 7h30 até aproximadamente as 11h15, quando um terceiro trem substituiu o defeituoso. Para o início do horário de pico, um quarto trem estava em funcionamento, ocorrendo o mesmo a partir de hoje, às 6h30.
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“Os horários que encontramos no site do Metrofor não são cumpridos pelos trens no dia a dia. Sempre chego na estação na mesma hora, mas tem dias que pego o trem normalmente e dias em que isso não acontece”
Paulo Eder
Designer Gráfico
“Tenho carro e moto, mas mesmo assim prefiro utilizar o metrô pela qualidade e rapidez do serviço. No trânsito, temos a toda aquela lentidão e muito estresse. Aqui viajo sentada e no ar-condicionado”
Rosângela Soares
Confeiteira
Fonte: Jornal Diário do Nordeste.
