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Desempenho de lojas no Centro amarga perdas – DN

By 08/11/2013No Comments

30% NESTE ANO
De acordo com a Ascefort, o prejuízo com queda nas vendas já chega a 30% no acumulado do ano
Marcado historicamente pelos melhores índices de vendas no comércio varejista, o período natalino não promete ser tão positivo neste ano para os comerciantes do Centro de Fortaleza. A expectativa é do presidente da Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza (Ascefort), Maia Júnior, que projeta um fim de ano fraco para as lojas daquela área da cidade.

Associação dos empresários culpa forte atuação de comerciantes ambulantes em locais indevidos e falta de fiscalização Foto: Rodrigo Carvalho
Associação dos empresários culpa forte atuação de comerciantes ambulantes em locais indevidos e falta de fiscalização Foto: Rodrigo Carvalho

O grande número de ambulantes nos espaços públicos, muitas das vezes logo na entrada das lojas, é um dos principais motivos para o desempenho negativo, segundo atribui Maia Júnior.

Problemas
“Limpam a Praça da Estação, a Rua José Avelino e eles vão para o miolo do Centro. Não dá mais pra andar pelas calçadas e não tem fiscalização”, critica ele, acrescentando que a situação começou na gestão municipal anterior, mas só tem piorado na atual. Diante da situação, a entidade contabiliza um prejuízo de 30% nas vendas neste ano em comparação ao acumulado de janeiro a outubro de 2012. “Tem loja grande que caiu 30%. Imagine as pequenas. Estão fechando as portas. Há gente que tinha sete funcionários e agora tem dois. Existe ainda uma loja de grande porte que contava com 350 colaboradores, demitiu 50 e vai retirar mais 50”, comentou Maia Júnior, acrescentando que o setor de confecções é o mais prejudicado atualmente.

Desemprego
Conforme dados da Ascefort, enquanto todo o Centro gera 68.490 empregos formais, somente o miolo da área é responsável por 19 mil. Entretanto, de acordo com o presidente da entidade, atualmente o trecho possui menos de 10 mil trabalhadores atuando. “São 10 mil pessoas desempregadas”, reforça.

Mais shoppings
A chegada de novos shoppings localizados em bairros estratégicos para atender o público das classes sociais mais baixas seria outro motivo pelo qual as vendas no Centro da Cidade podem sofrer queda. No entanto, Maia Júnior defende a chegada dos recentes empreendimentos e acredita que esta seja uma concorrência leal. “Isso tem prejudicado, mas é uma competição saudável. O Centro tem um jargão forte e tem tudo mais barato. O Centro é Centro. O que não pode é a contravenção na sua porta tomando seu espaço e seus clientes”, explica ele, justificando os preços mais baratos nas lojas de rua por conta dos baixos custos.

Prefeitura responde
Em nota, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), informou que realiza fiscalização do comércio ambulante “de forma sistemática, diariamente, no intuito de coibir o uso inadequado do espaço público e valer o Código de Obras e Posturas da Cidade”.

A Regional Centro ressaltou ainda que os interessados em trabalhar como vendedores ambulantes necessitam de permissão dada pela Prefeitura e devem atender à legislação.

Comércio abrirá portas no feriado do dia 15/11
O comércio de Fortaleza funcionará normalmente no dia 15 de novembro, feriado nacional que comemora a Proclamação da República. A abertura das lojas na Capital foi garantida na Convenção Coletiva de Trabalho de 2013 e segundo o diretor do Sindicato dos Comerciários, José Domingos, apenas frigoríficos e farmácias não negociaram o atendimento normal aos clientes, informou ontem o site da Rádio Verdes Mares.

“A Lei 11.603/07 permite o funcionamento do comércio, desde que haja negociações e a permissão em convenção coletiva”, explica.

Regras
As lojas abrirão as portas a partir das 9h e funcionarão até as 17h. Elas deverão pagar aos funcionários R$ 36 de ajuda de custo, valor que deverá ser efetuado até o fim do expediente. Além disso, os comerciários que trabalharem durante o feriado do dia 15 terão direito a um dia de folga posteriormente.

“Aquelas empresas que não obedecerem aos critérios que estão na convenção coletiva podem ligar para o sindicato que nós tomaremos as providências junto ao Ministério do Trabalho”, recomenda Domingos.

Fonte: Diário do Nordeste