Na última quarta-feira, 14, ocorreu de modo totalmente virtual a apresentação do Boletim Estatístico Mensal do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). O evento demonstrou de maneira detalhada, os dados do levantamento nacional sobre números e oportunidades de empregabilidade para jovens em todo o território nacional. “A gente vem recuperando [a economia], esperamos um segundo semestre melhor, que a economia tenha uma recuperação natural e espontânea e quase independente dos fatores macroeconômicos”, afirma Humberto Casagrande, CEO do CIEE.
De acordo com ele, a aceleração da vacinação é um fator importante para a velocidade da recuperação econômica nacional “A vacinação deve melhorar o setor de serviços que é um dos setores que mais contratam estagiários e aprendizes, então, estamos um pouco mais otimistas”, explica. O levantamento demonstrou ainda, um marco importante para Junho de 2021, quando o número de estagiários e aprendizes ativos chegou a 203.127 “Esse patamar não era alcançado desde o início de 2021, o cenário é de recuperação. Crescemos 1,9% no número de vagas abertas comparado ao primeiro semestre de 2020”, detalha Ricardo Melantonio, superintendente de comunicação, jurídico e compliance do CIEE.
Os dados também demonstram o comparativo entre os crescimentos semestrais e anuais, os números de contratos de estágio, por exemplo, obtiveram um aumento de 37,7% quando feita a comparação semestral e, somente, 4,6% quando o comparativo é feito com o mesmo período do ano anterior. “Observamos que o crescimento não é tão significativo [anualmente] porque tínhamos um cenário misto [em relação a pandemia], mas isso nos faz olhar para o segundo semestre de 2021 com muita expectativa. O aquecimento econômico e o avanço das vacinas resultarão em um maior número de oportunidades”, afirma a superintendente nacional de operações do CIEE, Mônica Vargas.
Além dos dados de crescimento, Mônica afirma que ao comparar os dados de Janeiro e Fevereiro de 2020 com os mesmos meses de 2021, onde os números eram normais, pois eram de um período pré-pandemia, ainda sim, obtém-se um saldo positivo “Nós estamos sim em um processo de novo aquecimento, então existe um cenário positivo, ainda muito inicial, mas que mostra crescimento nos postos de estágio”, detalha.
Humberto Casagrande sinaliza ainda, que o movimento para o trabalho em home office foi fundamental para que a queda nos números de contratações não tenha sido ainda maior durante a pandemia “De certa forma, algumas dessas medidas serviram como um incentivo para que se pudesse contratar mais estagiários”. Mônica Vargas, ressalta também, que dentro da iniciativa privada tornou-se cada vez mais comum a realização de entrevistas por meio virtual, fato que reforça o home office como ferramenta de manutenção mínima de vagas durante o período de pandemia.
O relatório aponta um crescimento significativo em todas as áreas de vagas de aprendizado e estágio “ Houve um crescimento de 26% das vagas de estágio e 30,5% de crescimento nas vagas de aprendizagem”, afirma Humberto. Apesar do cenário de melhora, o CEO destaca que a situação ainda está difícil “O Brasil tem mais de 2 milhões e meio de jovens na fila do CIEE, aguardando por uma oportunidade, atingimos a marca de 203 mil jovens em Junho, mas ainda não representa nem 10% da demanda”. (Por Yasmim Rodrigues e Vitor Siqueira sob supervisão de Gabriela de Palhano)
Fonte: https://oestadoce.com.br/economia/empregabilidade-de-jovens-cresce-pos-crise-sanitaria/
