A Câmara Municipal, assim como os responsáveis pelo “Pacto Por Fortaleza – cidade que queremos em 2020”, devem aproveitar o debate com os empresários do Centro de Fortaleza, para tentar encontrar soluções plausíveis e imediatas para os grandes problemas enfrentados por esse importante setor, responsável por 85% da economia da capital cearense. A advertência é do vereador Marcus Teixeira (PMDB), primeiro-secretário da Câmara Municipal de Fortaleza.
Para o representante peemedebista, foi ilustrativa, além de alarmante, a declaração do presidente da Associação dos Empresários do Centro (Ascefort), João Maia Júnior, de que “os empresários vivem o pior momento da história do Centro”, por ocasião da reunião, na semana passada, do presidente da CMF, Salmito Filho com representantes daquele órgão, da CDL, Fecomércio e Sindilojas para expor detalhes do “Pacto”. A seu ver, trata-se de um brado que deve ser escutado pelas autoridades, antes que a situação se torne irreversível.
PERDAS INCALCULÁVEIS
Segundo os representantes das entidades representativas da classe empresarial dos comerciantes, é inacreditável que, depois de tantas denúncias e promessas de soluções para o Centro, o coração da cidade continue na desordem em que se encontra, causando perdas incalculáveis aos comerciantes em geral, mas principalmente aos de pequeno e médio porte. Denuncia o presidente da Ascefort que, enquanto são garantidas medidas para equacionar os problemas do Centro, a região vem sendo invadida de forma crescente, por camelôs e todos os tipos de comerciantes ambulantes, ilegais, ocupando todos os espaços que encontram.
Sobre o assunto, o vereador Marcelo Mentes (PTC) destaca incontáveis denúncias por ele recebidas, de que, além da ilegalidade da maioria dos ambulantes, misturam-se a eles todos os tipos de marginais disfarçados. Diante disso, as autoridades, além de estarem na obrigação de reorganizar aquele espaço da cidade, ainda têm que escoimar dela os ladrões, assaltantes e traficantes que ali agem, como se fossem profissionais honestos. “Não defendemos tirar o ganha-pão de ninguém, mas sim, a reorganização e saneamento físico e humano do Centro, que é o nosso maior cartão postal”, afirma o vereador.