OCUPAÇÃO IRREGULAR
A secretária do Centro, Luíza Perdigão, ressalta a necessidade de a população colaborar, denunciando ocupações
- FOTO: ALEX COSTA Ruas e calçadas do entorno do Mercado Central estão completamente tomadas por sacoleiros e barracas, o que fere a legislação municipal vigente e incomoda pedestres e motoristas, além dos comerciantes locais
Não é de hoje que o Centro de Fortaleza sofre com a ocupação desordenada do comércio ambulante. A situação se agrava ainda mais no fim do ano, com a proximidade do Natal. Entre os pontos mais críticos está o entorno do Mercado Central, especificamente na Avenida Alberto Nepomuceno. Feirantes ocupam, duas vezes por semana, calçadas e faixas da via, gerando falta de acessibilidade a pedestres e complicações no trânsito.
Os congestionamentos são constantes. Motoristas precisam ter muita paciência para passar pelo local. O aglomerado de pessoas ocupando as ruas é tão grande que, em determinados trechos, só é possível a passagem de um carro por vez. O comerciante Robério Costa, 30, afirma que consegue um bom faturamento com as vendas no local, mas concorda que a situação é preocupante. “Já vi vários acidentes”.
Os transtornos não são causados apenas para quem tem carro. Com a ocupação das calçadas, pedestres se arriscam em meio ao trânsito. A operadora de micro, Lúcia de Fátima, 52, afirma que detesta passar pelo local. “Já tive que andar no meio da rua várias vezes”, completa.
Segundo o agente da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), Alexandre Araújo, a maior problemática no tráfego é pela ocupação irregular. Ele afirma que, “por esse motivo, foi disponibilizado um aumento do efetivo entorno da Igreja da Sé e do Mercado Central, para garantir a fluidez do trânsito”. Ainda conforme Alexandre, dez agentes orientam os motoristas nos dois dias em que ocorre a feira.
Luiza Perdigão, titular da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), admite: “a situação está caótica, do jeito que está não pode continuar”. Segundo a secretária, no momento, o trabalho de contenção consegue apenas proteger o patrimônio histórico localizado no entorno. “Estamos trabalhando a possibilidade de mudança dos feirantes para locais mais apropriados”. Luiza Perdigão diz que um dos lugares visados fica próximo à BR-116, numa área ampla.
A Sercefor está promovendo a reordenação em áreas consideradas críticas do Centro de Fortaleza. Segundo a secretária, ambulantes das praças José de Alencar e do Ferreira e da Cidade da Criança, já foram retirados dos locais indevidos. Ela ressalta a necessidade da população colaborar, denunciando quem ocupa áreas irregulares.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1086841
