O Projeto Fortaleza 2040 traçará, pela primeira vez, o desenvolvimento da cidade para o curto, médio e longo prazo ao contemplar economia, urbanismo e mobilidade. A iniciativa visa criar estratégias em diversas áreas para alterar os indicadores e possibilitar a sustentabilidade da capital cearense.
O transporte urbano é um dos temas mais importantes para a capital cearense no que diz respeito às ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, tema do Desafio das Cidades da Hora do Planeta, do qual Fortaleza é um dos concorrentes. Baseado nos conceitos de coletividade e mobilidade urbana sustentável, o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (TRANSFOR) prioriza a implantação de corredores exclusivos para o transporte público. O embarque é rápido, realizado através de rampas para ônibus articulados e biarticulados.
O programa deverá reduzir o tempo de viagem e os custos do transporte. Além disso, Fortaleza tem implantado o Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito de Fortaleza (PAITT), um conjunto de iniciativas que busca melhorar o trânsito e o transporte público da cidade a curto prazo. “O plano está coordenado com as demais iniciativas de Mobilidade Urbana da Prefeitura, como o Projeto Fortaleza 2040”, explica Antonio Wigor Florêncio, gerente da Célula de Sustentabilidade Ambiental da Coordenadoria de Políticas Ambientais – braço da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente.
Com o Programa Águas da Cidade, Fortaleza também está imbuída da recuperação da qualidade de seus principais corpos hídricos como rios, riachos, lagoas e represas públicas e da balneabilidade das praias. Entre as atividades estão testes laboratoriais para checar as condições de balneabilidade, educação ambiental, limpeza e ações de tamponamento de ligações clandestinas de redes de esgotos.
Já o Programa de Drenagem Urbana oferece a ampliação e recuperação de sistemas de drenagem, limpeza e urbanização de lagoas, instalação de ecopontos, desapropriação e reassentamento de famílias residentes em áreas de risco.
Infraestrutura e emissões
Infraestrutura, saneamento e emissões são outras prioridades da área de Meio Ambiente da prefeitura de Fortaleza. A secretaria promove um processo de requalificação urbana e melhoria das condições de vida de famílias residentes em áreas de risco por meio do Programa de Requalificação Urbana com Inclusão Social (PREURBIS), serviços de infraestrutura viária e sanitária, recuperação ambiental e avaliação e controle de impactos no meio ambiente.
Fortaleza também está na fase final de elaboração de seu Plano Municipal de Saneamento Básico. A prefeitura concluiu os planos setoriais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos.
Entre 2013 e 2016, a prefeitura se programou para a Estruturação das Células de Controle da Poluição Ambiental, com a contratação de consultoria, aquisição de equipamentos e capacitação de servidores. Outra meta é elaborar o primeiro inventário de Gases de Efeito Estufa e encaminhar as políticas de mudanças climáticas, a exemplo da implantação do Fórum de Mudanças Climáticas da Cidade.
O Complexo Urbanístico Sustentável do Jangurussu, por sua vez, prevê a revitalização da área do antigo aterro sanitário da cidade, o antigo lixão, transformando-o em um parque urbano, com complexo urbanístico e ambiental voltado para a atividade de reciclagem no entorno.
As construções civis da cidade não ficaram de fora. O Fator Verde estabelece critérios para certificação de sustentabilidade em edifícios, a fim de estimular o melhor aproveitamento dos recursos naturais e as boas práticas de construção sustentável, mediante os licenciamentos ambientais e alvarás. O Plano de Arborização de Fortaleza prevê, ainda, até dezembro de 2020, o plantio de 100 mil árvores.
Desafio das Cidades
Trata-se de uma iniciativa concebida pela Rede WWF para homenagear as cidades que estão se tornando lugares mais verdes, de vida mais saudável e sustentável em direção a um futuro de clima mais ameno para o planeta. O objetivo é reconhecer esforços para o desenvolvimento de baixo carbono, as ações em andamento, por que e como relatar os compromissos. Estão convidadas a participar cidades que proponham soluções e planos de mitigação em setores como transportes, habitação, iluminação pública, resíduos e alimentação.