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Fortaleza no ranking das 300 maiores economias do mundo

By 06/12/2012No Comments

Juntas, as 13 economias metropolitanas listadas respondem por 33% da população brasileira e por 56% do PIB nacional

O desempenho econômico da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) entre 2011 e 2012 a colocou na 131º posição entre as 300 maiores economias metropolitanas do mundo, de acordo com o relatório Brasil Metro, produzido pelo Global Cities Initiative. Ao todo, 13 regiões metropolitanas do Brasil figuram no estudo, que avalia fatores como Produto Interno Bruto (PIB), geração de empregos, exportações e população. A RMF foi a sétima região brasileira melhor posicionada no ranking mundial, atrás de Brasília (66º), Salvador (74º), Recife (99º), Rio de Janeiro (100º), Belo Horizonte (122º) e Curitiba (129º).

Conforme o levantamento, Fortaleza é o oitavo maior centro empregador no Brasil, com 1,6 milhão de trabalhadores. As taxas de crescimento de emprego de longo e curto prazo da Região Metropolitana estão acima da média nacional, mas, na média das 13 regiões metropolitanas avaliadas, a RMF possui a oitava taxa de crescimento de postos de trabalho de longo prazo e a sétima de curto prazo.

“A posição alcançada por Fortaleza no ranking nacional a coloca em um nível intermediário. É um resultado importante, mas falta uma estratégia específica para a RMF. Com relação à geração de empregos, ela ocorreu principalmente devido à própria dinâmica econômica da Grande Fortaleza. Essa geração de empregos poderia ser potencializada com uma política de desenvolvimento econômico”, afirma o economista Alex Araújo.

PIB
O relatório Brasil Metro também mostra que Fortaleza possui o 11º maior PIB do País, entre as 13 regiões metropolitanas pesquisadas no Brasil, com US$ 31 bilhões, o que representa 65% do PIB do Ceará. O levantamento destaca ainda que o PIB da Capital mais que dobrou desde 1990 e obteve a segunda maior taxa de expansão em 2011: 2,1%. O PIB per capita da RMF, por sua vez, é o menor dentre as 13 regiões. “O baixo PIB de Fortaleza, em função da sua população de porte médio, reflete seu baixo PIB per capita entre as regiões metropolitanas brasileiras (US$8.389, mais de US$3.000 abaixo da média nacional). No entanto, ela tem presenciado crescimento do PIB per capita a longo prazo acima da média (46% desde 1990, 5º no geral) e curto prazo (0,9% desde 2011, também em 5º)”, diz o relatório.

Para o economista Alex Araújo, o resultado do PIB absoluto da RMF no período avaliado pode estar associado ao desempenho das indústrias locais, que sofreu as consequências da crise econômica mundial. “Aos poucos, as indústrias estão se recuperando, mas olhando para o mercado interno”, diz. Sobre o baixo PIB per capita, ele destaca que “a periferia de Fortaleza ainda é muito pobre”.

Quem contribui mais
Conforme o levantamento do Global Cities Initiative, a economia da Região Metropolitana de Fortaleza é semelhante à de Curitiba, tendo como maior setor distribuição e varejo (25%), seguido pela indústria de transformação (19%) e pelos serviços empresariais e públicos (11% e 10%, respectivamente). “A Região Metropolitana tem parcelas mais elevadas dos trabalhadores na distribuição e varejo, indústria de transformação, hotelaria e hospedagem e outros serviços, mas é especializada em concessionários de serviços públicos”, ressalta o documento.

Outra informação do estudo diz respeito às exportações da Região Metropolitana de Fortaleza, considerada como ´pequena exportadora´. As mercadorias exportadas pela Região são avaliadas em US$4,5 bilhões nos últimos cinco anos (11ª no ranking nacional) e incluem, sobretudo, commodities, como frutas e nozes (a RMF é uma líder mundial de exportações de castanha de caju), couros e peles de animais, combustíveis, óleos minerais, peixes e crustáceos. O principal destino das exportações locais são os Estados Unidos: 23%, resultado que corresponde ao maior percentual de exportações para este país dentre as 13 regiões metropolitanas brasileiras avaliadas.

Relevância
O relatório mostra ainda que, juntas, as 13 economias metropolitanas avaliadas respondem por 33% da população brasileira e por 56% do PIB nacional. Para Alex Araújo, estudos como este são importantes e estão em sintonia com análises realizadas por correntes de economistas e urbanistas, que colocam as regiões metropolitanas como foco de alocação de investimentos e realização de negócios. “A região metropolitana tem vantagens como a maior flexibilidade no ambiente de negócios”, destaca.

DHÁFINE MAZZA
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste