A FECOMÉRCIO-CE e outras entidades empresariais e da sociedade civil participaram de reunião, no último dia 22, 
promovida pela Câmara Municipal de Fortaleza, para discutir aspectos econômicos, sociais, habitacionais e culturais do Centro de Fortaleza. A reunião foi o pontapé inicial para formação do Fórum Permanente de Debate sobre o Centro da cidade, que acontecerá ao longo dos próximos meses. Na ocasião, os presentes lançaram ideias novas e renovaram outras que já foram debatidas em momentos anteriores.
Administrativamente, o Centro possuiu uma área de 5,5 mil quilômetros quadrados. Neste espaço, convivem diversas realidades e atores sociais – desde o lojista, passando pelo ambulante, até o morador que reside no bairro. O fórum pretende abordar cada uma destas questões.
“Pretendemos trabalhar as experiências já existentes e pensar em novas perspectivas, mesmo sabendo que não iremos resolver os problemas a curto prazo. No entanto, podemos dar uma boa contribuição na perspectiva do reordenamento, do resgate da história, da habitação, do comércio e do patrimônio cultural”, detalhou o presidente da Câmara, vereador Acrísio Sena (PT).
No que se refere ao espaço urbano, a secretária do Centro, Luiza Perdigão, adiantou que a Prefeitura está elaborando três operações urbanas consorciadas, instrumentos que permitem a participação da iniciativa privada no desenvolvimento de projetos para áreas da cidade. “O fórum vai oportunizar aos cidadãos se olharem como cidade e como Centro, que é local de tudo e de todos”, declarou Luiza Perdigão.
O próximo encontro do fórum será no dia 5 de setembro, às 8h30, no prédio da Associação Cearense de Imprensa (ACI), localizada no Centro. Nessa reunião, Luiza Perdigão apresentará os projetos existentes para o bairro.
Representantes da classe empresarial discutem questões sobre o Centro
Representando a classe empresarial, estiveram na reunião o vice-presidente da FECOMÉRCIO-CE, Ranieri Leitão; o diretor e presidente da Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza (Ascefort), Maia Júnior; e o presidente em exercício da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), Pio Rodrigues.
Na ocasião, Ranieri Leitão disse que a FECOMÉRCIO-CE pretende participar ativamente dessas discussões. “Existe uma negligência do poder público em relação ao Centro. Devemos olhar para as questões do Centro e implementar, de fato, ações que estimulem o reordenamento do local”, declarou Ranieri Leitão.
Já Maia Júnior expôs o problema que os lojistas enfrentam por conta da presença dos camelôs, que, segundo ele, fazem uma “concorrência desleal e predatória. “Antes, o ambulante vendia meia, pente. Hoje ele vende celular, ‘iPod’ e pode tudo. Eles trabalham de forma digna e decente e provocam desemprego também dessa forma digna e decente”, afirmou Maia Júnior.
De acordo com a secretária da Regional do Centro, Luiza Perdigão, foi feito um perfil socioeconômico dos ambulantes, documento que deverá guiar as ações da Prefeitura para este segmento do Centro de forma a “chegar a uma solução que não seja somente enxugar gelo”.
