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Manifesto de 20 dos 34 sindicatos da Fecomércio apoia Gastão e critica Judicialização das eleições

By 05/04/2022No Comments

“A sana pelo poder e a ânsia por projetos pessoais se transformam em ataques em detrimento da representatividade institucional”, aponta o texto

Sede da Fecomércio em Fortaleza. Foto: Divulgação

Equipe Focus
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Após nova decisão judicial que intima a Confederação Nacional do Comércio (CNC) a se posicionar na ação que impediu que a eleição da Fecomércio fosse realizada nesta terça-feira, 5 de abril, um grupo de 20 presidentes de sindicatos assinou manifesto em duro tom crítico à oposição e em apoio a Luiz Gastão, atual presidente da entidade que concorre à reeleição.

“A democracia sindical… vem sendo cada vez mais relegada ao segundo plano, onde a sana pelo poder e a ânsia por projetos pessoais se transformam em ataques em detrimento da representatividade institucional”, diz o manifesto de pelo menos 20 dos 34 sindicatos que formam o colégio eleitoral da Fecomércio.

Nesta terça-feira, com a nova decisão judicial oriunda do TRT, não se sabe ao certo o dia em que a eleição vai enfim ser realizada. Esta última sentença determina oito dias para que a CNC se posicione na ação que gerou o adiamento do pleito. No entanto, Focus apurou que novos movimentos oriundos da Justiça do Trabalho podem mudar esse quadro.

A judicialização do processo eleitoral se deu por parte da oposição na disputa interna pelo comando da entidade. O argumento é que a data da eleição não está em sincronia com ditames oriundos da CNC. No entanto, esse argumento não serviu para a eleição da Fecomercio de Mato Grosso, que fez seu pleito no último dia 28 de março.

“Neste ano, ilações e a judicialização infundada das eleições de uma das mais sólidas entidades do Estado, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), acabaram sendo uma tentativa frustrada de deslegitimar o pleito sindical, simplesmente por não possuírem votos da base sindical que legitimem sua sana pelo poder”, afirma o manifesto dos presidentes.

O texto é assinado por José Ernesto Parente de Alencar, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Crato. Na sequência, 18 outros presidentes subscrevem. O empresário Cid Alves tem dois votos por ser presidente de dois sindicatos.

O texto finaliza apelando para que a legitimidade seja mantida: “Resta esperar que a turbulência das eleições da Fecomércio sejam superadas, e que a entidade observe seus candidatos, reconhecendo a legitimidade do processo que se submeteram para representar as mais de três dezenas de sindicatos que compõem a instituição”.

Leia abaixo o manifesto e a relação de seus signatários

Movimento antidemocrático tenta sufocar a Fecomércio
De tempos em tempos, sistemas democráticos são alvo de discursos que colocam em dúvida sua legitimidade. São falas geralmente ditas por quem, paradoxalmente, tem menos apreço pela representação coletiva do processo. Muitas vezes abalados por tentativas do tipo, a democracia sindical, faceta da liberdade sindical coletiva de associação, vem sendo cada vez mais relegada ao segundo plano, onde a sana pelo poder e a ânsia por projetos pessoais se transformam em ataques em detrimento da representatividade institucional.

Neste ano, ilações e a judicialização infundada das eleições de uma das mais sólidas entidades do Estado, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), acabaram sendo uma tentativa frustrada de deslegitimar o pleito sindical, simplesmente por não possuírem votos da base sindical que legitimem sua sana pelo poder.

O diálogo aberto e o acordo para criação de uma comissão tripartite para avaliar e validar o processo eleitoral, homologada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT7), reforçou que um dos lados está sempre disposto a ouvir e a defender o regimento. O acordo, inclusive, só foi possível após a corte observar que o regimento estatutário está sendo seguido de forma ilibada.

A medida, que dá ainda mais transparência e legitimidade ao processo eleitoral, foi acolhida de imediato pelo atual presidente Luiz Gastão, seguindo o seu histórico democrático e conciliador, motivo pelo qual vem sendo reconduzido sucessivamente à presidência da Federação por aclamação dos seus representantes .

Contudo, provando mais uma vez não ter palavra, a chapa opositora rasgou a decisão judicial e voltou a ameaçar a democracia da Fecomércio. A história mostra qual o lugar de figuras com arroubos autoritários e tenho certeza que ela será impiedosa com os que hoje buscam destruir a representatividade federativa.

Escrevo diretamente da Fecomércio, após deixar meu Cariri consciente do meu dever nesta eleição, onde eu e outros 20 eleitores esperamos para poder exercer nosso papel democrático, vilipendiado por uma minoria mal intencionada.

Resta esperar que a turbulência das eleições da Fecomércio sejam superadas, e que a entidade observe seus candidatos, reconhecendo a legitimidade do processo que se submeteram para representar as mais de três dezenas de sindicatos que compõem a instituição.

José Ernesto Parente de Alencar, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Crato;

Subscrevem este manifesto:
Fabiano Barreira da Ponte, presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Ceará;

Francisco das Chagas Ximenes Sobrinho, presidente em exercício do Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios do Estado do Ceará;

José Cid Sousa Alves do Nascimento, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Maquinismo, Ferragens e Tintas de Fortaleza e do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza;

Paulo Henrique Costa Silva, presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Carnes Frescas e Congeladas de Fortaleza;

Atualpa Rodrigues Parente Filho, presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Sobral;

Giovan de Oliveira, presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Iguatu;

Francisco Everton da Silva, presidente do Sindítato do Comérçio Varejista de Carnes Frescas de Fortaleza;

Benoni Vieira da Silva, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Cascavel;

Manoel Luciano Fonteles, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Frutas e Verduras de Fortaleza;

Francisco Alberto Alves Pereira, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Caucaia;

João de Sousa Frota Neto, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Livros do Estado do Ceará;

Paulo Bezerra de Souza, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Maranguape;

Antônio Wilson Gonçalves de Oliveira, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Pacajus;

José Eliardo Martins, presidente do Sindicato dos Centros de Formação dos Condutores de Veículos do Estado do Ceará;

Jadson Henrique Rodrigues da Silva, presidente do Sindicato dos Lojistas de Juazeiro do Norte;

Francisco Bento de Sousa, presidente do Sindicato Regional dos Empregadores Lojistas de Iguatu;

José Everton Fernandes, presidente do Sindicato dos Revendedores de Veículos Automotores do Estado do Ceará;

Manuel Novais Neto, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará.

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