MEMÓRIA DE FORTALEZA
Aventura pelo Centro histórico
Para conhecer a história do Centro, um roteiro histórico foi preparado pela Prefeitura em parceria com a Convention & Visitors Bureau. O roteiro mostra praças, farmácias, igrejas e bancos antigos. O passeio é voltado para turistas, mas nada impede que o fortalezense se aventure no passeio
Ana Cecília Mesquita
da Redação
[05 document.write (matriz[0]); Janeiro 01h26min 2006]
Andar a pé no Centro pode ser uma aventura pela história de Fortaleza. Hotéis, farmácia, bancos, praças e igrejas de tempos antigos contam versões que muitos livros não mostram. De posse de um folheto informativo, curiosidade e disposição, o turista pode sair da comodidade dos carros para conhecer a cidade. E muitos cidadãos de Fortaleza podem se arriscar no passeio para perceber o Centro que muitas vezes a cidade não vê.
Trata-se do Roteiro Fortaleza a Pé, um passeio histórico preparado pela Secretraria de Turismo de Fortaleza em parceria com a Convention & Visitors Bureau, uma fundação privada sem fins lucrativos que tem como objetivo trabalhar o incremento do turismo. É um passeio pelo Centro, que inicia e termina na Praça do Ferreira, em que está pintado no chão o caminho que o turista deve fazer por 21 prédios.
Quando a pessoa pára na frente de um prédio que tem importância para a história da cidade, está escrito no chão o número. No folheto, há um mapa e a fotografia do prédio com o número correspondente com descrições em português e inglês das construções.
Numerados de um a 21, estão lá prédios como o Hotel Savanah, inaugurado em 1964, o Edifício Sul América, de 1953, e o Palácio da Luz, construído no final do século XVIII, com mão de obra indígena. O Palacete Ceará, símbolo de transformações da cidade, inaugurado em 1914, é outro lugar que merece uma visita demorada. O local já foi utilizado como casa de chá e restaurante, com direito a orquestra e sendo freqüentado pela sociedade abastada de Fortaleza.
”Esse prédio Savanah, por exemplo, há uns 30 anos que conheço. Agora tem um bingo embaixo, mas ainda é muito importante. Muitos desses prédios hoje são desocupados. Devia ter mais vida aqui, o Centro podia ser mais habitado. A gente também precisa conhecer a história desses prédios”, frisou o servente José Elpídio Neto, que estava trabalhando no Centro na segunda-feira.
Algumas pessoas que trabalham nos prédios históricos também poderiam ser incluídas no roteiro. São um motivo de parada para conhecer mais o lugar com um boa conversa. ”Trabalho nesse prédio (edifício Sul América) há 26 anos. Foi inaugurado em 1953 pela Companhia de Seguros Sul América, que ocupava do 2º ao 5º andar. Depois, em 1968, foi vendido para várias pessoas. Hoje, tem 14 donos. Ficou só o nome e a história”, relatou Francisco Carlos Costa, que trabalha na portaria e tem muitas recordações sobre o lugar.
Mais adiante, tem o Palácio do Comércio que foi inaugurado em 1940, de propriedade da Federação das Associações do Comércio e da Indústria do Ceará (Facic). Aos 71 anos, o diretor secretário da Facic, Ermeto de Paula conhece o local como poucos. ”Grandes decisões da área empresarial foram tomadas aqui. É um prédio histórico, com elevadores dos mais antigos de Fortaleza (que ainda se abrem com grades de ferro)’, disse. É ele quem apresenta o lugar com grandes luminárias nos salões e salas de reunião que ainda conservam móveis antigos. Ermeto atenta para a conservação dos prédios, para que outras pessoas conheçam locais como esse.
Passeando pelo Centro, entre compras, trabalhos e negócios, as pessoas muitas vezes não se dão conta de olhar para a história desses prédios. ”Acho fundamental a preservação desses locais. Alguns continuam com a fachada, mas outros no Centro já mudaram bastante”, ressaltou Ana Paula Tabosa Meira, que trabalha na recepção do prédio dos Correios, outro local do roteiro.
O edifício de três pavimentos tem o estilo de Art Déco, embora já tenha passado por várias reformas. Ana Paula disse que gostaria de conhecer outros edifícios importantes e que só visitou o Museu do Ceará uma vez. Com o olhar de turista, a oficial de Justiça de Recife, Edileusa Aleixe do Canto também deseja conhecer mais o Centro, fez questão de incluir o lugar nos passeios pela cidade com o marido. Fazendo compras no Mercado Central, eles vão levar lembranças do lugar. ”Compramos redes, toalhas, chapéus. Estamos achando tudo lindo e queremos voltar”.
O passeio Conheça Fortaleza a Pé foi programado para turistas, mas os fortalezenses também podem fazê-lo para conhecer melhor a própria cidade. Qualquer um pode ter acesso ao mapa, percorrer o caminho e conhecer. Escolas também podem programar e levar os estudantes para que as crianças aprendam desde cedo sobre o valor do patrimônio histórico e a memória da cidade.
Um transporte público gratuito, que circula pelos hotéis, leva turistas para conhecer a orla e pára no Centro para que as pessoas iniciem o roteiro. A andança pode levar de uma a quatro horas, dependendo do interesse por entrar nos prédios, conversar com as pessoas do local e tirar fotografias para levar de lembrança.
O roteiro
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1- Hotel Savanah
O Hotel Savanah foi inaugurado em 12 de abril de 1964 no restante do prédio. A empresa hoteleira Savanah encerrou-se no dia 11 de fevereiro de 1983. (Rua Major Facundo, 411 com Travessa Pará, 20)
2- Edifício Sul América
O prédio, pertencente a Sul América Capitalização, foi inaugurado no dia 15 de janeiro de 1953. A partir de 1968, foi vendido para diversos grupos e pessoas. (Rua Travessa Pará)
3- Museu do Ceará
Localizado na antiga Assembléia Provincial, teve sua construção datada de 1871 em estilo neoclássico. Possui peças e documentos de grande valor histórico como o livro de prata onde foi lavrada a Abolição da escravatura no Ceará, fragmentos da força de Tiradentes, objetos pessoais de Padre Cícero. (Rua São Paulo, 51)
4- Palácio do Comércio
O prédio foi inaugurado em 25 de maio de 1940 e de propriedade da Federação das Associações do Comércio e da Indústria do Ceará (Facic). Ocupa espaço entre a praça Waldemar Falcão e o Largo da Assembléia.
5- Praça Waldemar Falcão
Teve várias denominações: praça Carolina, José de Alencar, Capistrano de Abreu, Largo do Mercado e Waldemar Falcão. Criada em 16 de dezembro de 1960, entre os prédios do palácio do Comércio e Banco do Brasil em homenagem ao Waldemar Cromwell do Rego, político cearense. (entre Floriano Peixoto e General Bezerril)
6- Prédio do Banco do Brasil
A construção foi iniciada em 1940 e concluída em 1941, pelo engenheiro Leão Ribeiro. Foi a quarta sede do Banco do Brasil em Fortaleza e representou a construção de um dos edifícios mais modernos ocupados por uma agência do Banco do Brasil do Nordeste. (Rua Floriano Peixoto, sem número).
7- Antigo Banco Frota Gentil
Projetado pelo engenheiro cearense João Saboya Barbosa em 1925, tem como destaque em sua arquitetura colunas dóricas no térreo e coríntias na parte superior. O prédio inicialmente abrigou a Firma Frota & Gentil de propriedade do coronel José Gentil. Depois transformou-se no Banco Frota & Gentil em 1934 até 1960. Hoje, o prédio é sede de uma agência do Unibanco. (Rua Floriano Peixoto, 326. Centro)
8- Prédio dos Correios
Projeto do engenheiro cearense Humberto Menescal, encarregado da parte estrutural e Santos Maia, encarregado da arquitetura. Foi inaugurado em 14 de fevereiro de 1934. O belo e amplo edifício de pavimentos no estilo Art Déco, ao longo dos anos passou por várias reformas. (Rua Floriano Peixoto, sem número)
9- Catedral
Principal igreja da Arquidiocese de Fortaleza e a terceira maior do País, a catedral foi projetada pelo francês Henri le Mounier, inspirada na catedral de Colônia (Alemanha). É um templo de estilo neogótico, que apesar de sua grandiosidade, impressiona pela simplicidade. Tendo capacidade para acomodar até 5 mil pessoas, o padroeiro é São José, o mesmo do Estado. (Avenida Alberto Neopomuceno, sem número, Praça da Sé).
10- Antigo Mercado Central
Construído em 1930, durante anos foi o ponto de venda de diversos gêneros. Com o desenvolvimento do turismo, a venda de artesanato foi incentivada. Ameaçado em sua estrutura antiga, foi desativado sendo depois reformado. O prédio é de propriedade da prefeitura, sendo administrado pela Fundação de Cultura, Esporte e Turismo (Funcet). (Rua Conde D’Eu, 434)
11- Antigo Hotel Brasil
Foi a segunda sede do Banco do Brasil em Fortaleza. No térreo funcionava a agência do banco e na parte superior o Hotel Brasil. Antiga propriedade do Coronel José Gentil, foi inaugurada em 1915 com características da arquitetura neoclássica. Hoje, funciona um restaurante na parte térrea e os apartamentos viraram salas comerciais para aluguel. (praça General Tibúrcio)
12- Praça General Tibúrcio
Construída em 1817, a praça chamava-se Largo do Palácio. Já em 1847, foi batizada em homenagem a um general cearense que participou da Guerra do Paraguai. Os destaques são as estátuas de bronze de leões em luta com serpentes, oriundas de Paris no início do século e a escada bifurcada, além de belos jarros em ferro. (entre as ruas Sena Madureira, Guilherme Bezerril, São Paulo e Guilherme Rocha)
13- Palácio da Luz
O prédio foi construído no final do século XVIII, com mão de obra indígena, para servir de residência ao capitão-mor Antônio de Castro Viana. Hoje, tombado pelo patrimônio histórico, é a sede da Academia Cearense de Letras, possuindo um acervo de mais de 15 mil obras. No mesmo local, funciona ainda a Casa de Cultura Raimundo Cela. (Rua do Rosário, 1)
14- Igreja do Rosário
O mais antigo templo de Fortaleza já foi igreja matriz da cidade no período de 1821 a 1854. Antigamente, se resumia a uma capela de taipa e palha, construída em 1730 pelos escravos africanos. Mais tarde, em 1755, foi reconstruída em pedra e cal. (Rua do Rosário sem número)
15- Palacete do Pastor
É conhecido também como Clube Iracema. Foi construído em 1914 pelo paraense Eduardo Pastor todo em estilo art nouveau e ocupado por vários órgãos públicos ao longo dos anos, além de casas comerciais. Atualmente, o prédio que perdeu um pouco de suas características arquitetônicas, é ocupado por lojas e tem o andar superior ocupado pelo Restaurante L’escale. (Praça do Ferreira)
16- Palacete Ceará
Inaugurado em 1914, o edifício é o símbolo de um prédio de grandes transformações na fisionomia da cidade. Foi durante muito tempo utilizado como rotisseria, restaurante e casa de chá. Hoje, o prédio em estilo eclético onde se destaca o barroco, o neoclássico e a art nouveau, pertence a Caixa Econômica Federal. (Rua Guilherme Rocha, 45, Praça do Ferreira)
17- Lanchonete Leão do Sul
O prédio foi fundado em 1926 e funcionava como uma mercearia e ponto de venda de caldo de cana e pastéis. Logo, o Leão do Sul tornou-se o pastel mais famoso da cidade, mantendo ainda hoje um grande movimento de clientes, especialmente durante a tarde. O prédio passou por várias reformas, a última em 1990. (Rua Pedro Borges, 193)
18- Farmácia Oswaldo Cruz
Um dos mais tradicionais estabelecimentos comerciais de Fortaleza. O prédio foi construído por Palácio de Carvalho em 1927 com arquitetura eclética ainda hoje mantida. Os móveis, na maioria, são antigos e alguns são originais. Foi a primeira farmácia de manipulação de Fortaleza. (Rua Major Facundo, 576. Praça do Ferreira. Centro)
19- Cine São Luiz
Um dos últimos grandes palácios cinematográficos do Brasil e hoje propriedade do Grupo Severiano Ribeiro. Com inspirações neoclássicos e elementos art-decô, o cine São Luiz foi construído entre 1939 e 1958. Funciona como sala de cinema e sedia todos os anos o festival de cinema Cine Ceará. A sala de espetáculos tem capacidade para 1.500 pessoas. (Praça do Ferreira, sem número)
20- Hotel Excelsior
Construído por Plácido de Carvalho, às vésperas da revolução de 1930, foi uma das derradeiras manifestações do período eclético. Na época, era o mais importante hotel do Norte e Nordeste e o maior edifício do mundo construído em alvenaria pura com pilares, vigas e lajes feitas com trilhos de trem comprados da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. (Rua Guilherme Rocha, próximo à Praça do Ferreira)
21- Praça do Ferreira
Possui esse nome em homenagem feita ao boticário Ferreira. Foi reformada em 1902, onde recebeu a primeira urbanização com pavimentação. A última reforma, em 1991, resgatou as características da praça tradicional. No centro da praça, encontra-se a Coluna da Hora e a mostra do antigo cacimbão denominado cacimba dos desejos.
Fonte: Setfor e Coventions & Visitors Bureau
História além dos 21 prédios
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Além dos 21 prédios incluídos no roteiro, outros merecem estar no passeio turístico pelo Centro. A Igreja do Pequeno Grande, vizinha ao Colégio Imaculada Conceição, que é de 1865 (na praça da Escola Normal) também poderia estar no roteiro histórico, na visão do historiador Aristides Braga Neto, professor de História. ”É uma das igrejas mais góticas do Ceará. O próprio prédio do Colégio Imaculada Conceição passou por várias reformas, mas também é muito interessante”.
O professor Aristides também cita o Theatro José de Alencar e o Museu Histórico e Antropológico do Ceará (na praça do Carmo, Barão do Rio Branco). ”Mas acredito que estão nesse roteiro turístico, os prédios que necessariamente as pessoas podem ver e também entrar e ser recepcionadas. Outros prédios e monumentos poderiam estar, mas talvez não houvesse alguém para abrir e mostrar”, avalia Aristides.
É importante, conforme o professor, que não somente o turista, mas o fortalezense conheça prédios como o Hotel Excelsior, feito de alvenaria, com tecnologia completamente diferente da arquitetura de concreto. Aristides analisa que a cidade tem uma identidade, que só existe quando as pessoas que pertencem a ela reconhecem as características e passam a ter essa cidade como sua. Quando se destrói a história, os monumentos da cidade, se destrói também a identidade e as pessoas deixam de ter esse ambiente como seu.
”É como se, quando apagasse essa memória material, também apagasse a identidade, porque existe essa relação. Quando a pessoa não se sente da cidade, não respeita, não há identificações com a cidade. As pessoas ficam perdidas”, frisa Aristides.
O CIDADÃO
Lembrança
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O ascensorista Raimundo Gomes da Silva, 62, conhece a história do edifício Sul América, antes mesmo de trabalhar no prédio. Ele conta que ”nos tempos antigos do Sul América” os rapazes não subiam de bermuda no prédio e que as moças estavam sempre arrumadas. ”Hoje, é gente de todo jeito, subindo aqui”. No sobe e desce do elevador, Raimundo faz balanços sobre a própria vida. ”Muita gente importante já passou por aqui. Trabalho aqui desde 1980 e gosto dessa história de estar subindo e descendo. Já peguei muito no pesado, fiz muitas coisas e depois vim para cá. Também já vi muitos desse prédio morrerem”.
PASTEL
A dona de casa Maria das Graças está de volta à própria cidade, revendo antigos lugares. ”Adoro esse lugar”, disse ela entre uma mordida e outra no pastel, saboreado na lanchonete Leão do Sul. Ela mora atualmente no Rio de Janeiro, onde conheceu o marido Antônio da Silva. Sempre que vem ao Ceará, faz questão de visitar o Centro e merendar no Leão do Sul. ”Morava no Henrique Jorge e sempre vinha aqui. Esse lugar é maravilhoso”. O marido está pela primeira vez no Ceará. ”Conheci a minha mulher no Rio de Janeiro e agora vim conhecer a cidade dela. Estou adorando tudo isso aqui”.
MEMÓRIA
Há mais de 30 anos trabalhando na Farmácia Oswaldo Cruz, o balconista José Pires de Aguiar conhece o lugar como poucos. ”Estou aqui desde 1975. Até agora, não mudou quase nada. Os móveis, as prateleiras são os mesmos. Muita gente vem para cá conhecer, bater foto”. Na venda de remédios, acaba conhecendo muitas pessoas. ”Já veio muita gente importante, governadores, prefeitos do Sul. A farmácia deve ser preservada ao natural. Uns pedem para nunca mudar o piso, outros para não mudar o balcão. As pessoas querem ver a história”. José Pires vai se aposentar esse ano. Mas avisa: ”Quero continuar trabalhando se deixarem”.
PATRIMÔNIO
Novo folheto sai amanhã
O folheto utilizado para o roteiro turístico para conhecer o Centro tem algumas numerações dos prédios erradas. Mas um novo folheto com os números corretos estará pronto amanhã, segundo a Secretaria de Turismo de Fortaleza
O PALACETE do Ceará está no roteiro de visitação e é onde hoje funciona a Caixa Econômica Federal (Foto: Chico Gadelha)
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A idéia é boa, mas precisa de consertos. O folheto elaborado para o Roteiro Fortaleza a Pé tem algumas numerações erradas. Não correspondem ao número pintado no chão em frente ao prédio histórico e confundem o turista porque os prédios são próximos uns dos outros. É preciso perguntar às pessoas do lugar e ficar atento às características do prédio descritas no folheto para diferenciá-los.
São os casos do Hotel Brasil, que no folheto tem o número 11 e no chão está pintado o 13, do Palacete do Pastor, que no folheto tem o número 15 e no chão tem o 16. Já o Palacete Ceará tem o número 16 no mapa e no chão o 17. Na lanchonete Leão do Sul há o número 19 no chão e no mapa leva o número 17.
Um novo folheto do Roteiro Fortaleza a Pé com a numeração correta estará pronto amanhã (dia 6), segundo a coordenadora de desenvolvimento turístico da Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor), Josenira Pedrosa. Ela afirmou que o primeiro roteiro foi um projeto piloto, feito em meados de 2005, e que foram identificados alguns problemas e um novo foi planejado.
O roteiro é uma parceria da Setfor com o Conventions & Visitors Bureau. Antes, foi feito um estudo pela Autarquia Municipal de Trânsito Serviços Públicos e Cidadania de Fortaleza (AMC) para fazer a sinalização. O novo material estará disponível em agências de turismo, hotéis, postos de informação turística da Prefeitura e dentro do ônibus que percorre a orla. O passeio no ônibus é gratuito para o turista. Parte do Marina Park, percorre a orla, tem paradas para embarque e desembarque e pára no Centro (na Praça do Ferreira), para que a pessoa possa fazer o roteiro histórico.
O turista deve responder uma pesquisa de avaliação da atividade turística da cidade, para melhorar o atendimento. Também recebe o Suncard, um cartão que dá direito a descontos em hotéis, restaurantes. ”Temos o interesse de fazer um trabalho com nossos parceiros para cada vez mais melhorar o roteiro histórico no Ceará”, frisou Josenira. Ela disse que outros prédios serão incluídos no roteiro, como o Theatro José de Alencar.
Segundo Josenira, o setor de patrimônio histórico da Prefeitura e a Secretaria Extraordinária do Centro estão estudando os prédios de valor histórico para incentivar os proprietários para a restauração, com redução do valor do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).
Além da conservação, algumas pessoas também pedem mais segurança nos locais históricos visitados pelos turistas no Centro. De acordo com Josenira, a Guarda Municipal de Fortaleza já montou uma operação que está circulando pelas ruas do Centro. ”Não temos efetivo para colocar um guarda em cada um dos prédios, inclusive porque alguns são privados, mas podemos fazer a segurança do entorno”. O centro da operação funciona na Praça do Ferreira. (Ana Cecília Mesquita)
SERVIÇO
Quem deseja adquirir o material do roteiro histórico, pode ligar para o disque turismo: (0xx85) 3252 1444
Fonte: O Povo online