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Movimento na Monsenhor Tabosa gera problemas – O Estado

By 28/12/2010janeiro 4th, 2011No Comments

Fluxo intenso gera renda, mas também expõe problemas
Movimento na Monsenhor Tabosa gera problemas
Por Sara Oliveira

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As vitrines da Avenida Monsenhor Tabosa já vestiram-se de branco para o Réveillon. As opções variadas, em preço e estilo, atraem milhares de clientes às 453 lojas que formam o corredor comercial. O fluxo intenso gera renda, mas também expõe problemas. Trânsito lento e engarrafado, lixo acumulado em locais inadequados e calor intenso são as principais queixas de quem vai às compras.

Nesta época, marcada tradicionalmente pela alta estação, o comércio na Monsenhor Tabosa toma os calçadões. A cada cinco metros, aproximadamente, há um ambulante. Venda de Cds, picolés, acessórios e coco. Este último, é responsável por grande parte do lixo acumulado junto às carnaubeiras e postes. Há vários depósitos de lixo espalhados por todo o corredor, porém, os vários sacos de lixo e os restos de coco espalhados ao redor das lixeiras denunciam que não há espaço suficiente para comportar os resíduos.

Conseguir uma vaga de estacionamento pode transformar-se em uma missão quase impossível. As filas duplas formadas por carros particulares e táxis dificultam ainda mais o trânsito no local. “Foi muita sorte achar esse lugar para colocar o carro, os motoristas daqui são muito mal educados, não sabem fazer o trânsito fluir. Isso sem contar o calor que deixa todo mundo mais estressado”, falou a turista de Brasília, Socorro Reis. Ela ainda reivindicou cinco minutos a menos em seu cartão de Zona Azul. “Acho que meu relógio é mais atrasado do que o do flanelinha”, supôs, de forma irônica.

OPINIÃO DE
CONSUMIDOR
E LOJISTA

A psicóloga Brígida Soares, natural de Belém, disse que a Avenida vende “de tudo”. “A Monsenhor Tabosa é muito famosa, sempre ouvi falar muito. Mas, nesta época, fica quase insuportável andar aqui. Você chega às lojas e não consegue nem entrar em um provador. Isso sem contar com esse monte de saco de lixo no meio da rua”, avaliou. Brígida ressaltou que comprou tudo que quis, mas “que o lugar, por ser tão sortido, merecia uma melhor estrutura”.

O advogado Iran Rodrigues foi com as filhas e a esposa fazer compras nas lojas do corredor comercial. A opinião sobre a variedade e preço dos produtos é positiva, mas ele concorda com a turista paraense sobre as condições do lugar para receber os clientes. “Começa pelo trânsito, depois com o lixo e culmina no atendimento precário nas lojas. Ter picolé e coco para vender é uma coisa legal, porque está muito quente, mas o lixo produzido deveria ser recolhido de acordo com o tamanho das vendas”, considerou Iran.

A gerente de uma loja especializada em roupas de banho, Alda Viana, disse que o movimento vai aumentar nos próximos dias. “Dois dias antes do Ano Novo, a Monsenhor Tabosa ‘ferve’, chega a ser 30% a mais de movimento. Os ambulantes mais antigos já sabem como proceder com o lixo, mas nesta época tem muita gente nova que não importa-se com nada”, analisou Alda.

EM BUSCA
DE MELHORIAS

O presidente da Associação dos Lojistas da Mosenhor Tabosa (Almont), Antônio Cruz Gonçalves, afirmou que algumas medidas tentam remediar os problemas que persistem na Avenida. “Já pedimos à Secretaria do Centro para colocar mais lixeiras nas calçadas. Além disso, pedimos ajuda também para conscientizar os vendedores ambulantes, principalmente os de coco. Hoje, só podemos pedir a eles para colocarem os restos de coco em um saco plástico, para facilitar a coleta”, contou.

Segundo o presidente da Almont, cerca de quatro mil carros passam pela Avenida diariamente. “Este número é em época de pouca compra e triplica durante a alta estação”, ressaltou. Sobre o calor intenso enfrentado pelos clientes do shopping a céu aberto, Antônio destacou que já houve instalação de 12 toldos. “Queremos que haja toldos em toda a Avenida. Para tentar remediar o calor, quem compra nas lojas ganha um ticket que dá direito a uma água”, disse.

COLETA
De acordo com o presidente da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Roberto Rodrigues, hoje haverá uma reunião in loco para que haja um planejamento estratégico de coleta de lixo na Monsenhor Tabosa. “Fazemos a coleta das lixeiras diariamente, mas há dificuldades operacionais que nos impedem de executar mais de uma coleta por dia, como o fluxo de carros e clientes no local”, explicou.

A coleta de restos de cocos aplicada no Centro, que prevê o depósito do material em locais específicos, se estenderá, segundo Roberto, para a Beira-Mar e Monsenhor Tabosa. “Micro coletores são colocados e cada vendedor assume o compromisso em depositar o resíduo no lugar correto”.

http://www.oestadoce.com.br/index.php?acao=noticias&subacao=ler_noticia&cadernoID=34&noticiaID=39530

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