EM FORTALEZA
População aguarda o término de serviços em duas praças da cidade e em vias bastante movimentadas
Obras paradas e prazos vencidos ou até mesmo sem previsão para início. É esta a situação em vários pontos da cidade, que refletem o cenário de um canteiro de obras interminável. Pelo menos é o que se observa nas avenidas Abolição, Virgílio Távora e Sabiaguaba e nas praças 31 de Março, na Praia do Futuro, e Doutor Moreira de Souza, no Meireles.
Há 11 meses, a população que passa pelos bairros Aldeota e Meireles, ambos na Secretaria Executiva Regional (SER) II, sofre com a morosidade na conclusão da reforma dos canteiros das vias acima citadas, com exceção da Sabiaguaba, localizada na SER VI. O término dessas obras estava previsto para dezembro de 2011, porém, até agora não houve nenhum avanço.
“Moro na Av. Barão de Studart e acompanhei o processo de retirada de algumas plantas e da quebra do canteiro central, entretanto, ficou nisso mesmo. Ninguém sabe quando será concluída. Pessoas já torceram o pé no local. Assim como está, a obra atrapalha a locomoção de todo mundo”, comenta a comerciante Sônia Mota, 53 anos.
Na Praça Doutor Moreira de Souza, no Meireles, a situação não é muito diferente. No local, o que se vê é total abandono. Lixo e restos de construção compõem o cenário. O desconforto é tão grande, que os próprios moradores ajudaram a colocar parte do piso que estava abandonado na praça.
“O poder público não tem determinação para cumprir as obras. Então, para não vermos esse material se perder e facilitar a locomoção, colocamos uma parte do piso. Essa lentidão acontece, pois eles não respeitam a coisa pública e não se pune ninguém por isso”, desabafa o aposentado Moacir Tavares Lucena, de 81 anos.
Prejuízos
O comerciante Maciel dos Santos, 29, também reclama da situação. Há 12 anos, ele possui uma banca de revista na praça, que, com a reforma, precisou mudar de lugar. “Tive uma queda de 70% nas vendas. Já liguei para a SER II, e ninguém dá um prazo para a conclusão”.
Em nota, a SER II informou que rompeu o contrato com a construtora C. Gomes, que havia vencido a licitação para a reforma da Praça Dr. Moreira de Souza e canteiros centrais das avenidas Abolição, Barão de Studart e Senador Virgílio Távora, porque ela não estava cumprindo especificações do contrato e o padrão de qualidade da obra.
Para a reforma dos canteiros centrais, será feita uma nova licitação. Já o serviço na Praça Dr. Moreira de Souza poderá ser feito pela empresa que ganhou a licitação para a reforma de praças na Regional II. O órgão está negociando com a Caixa Econômica Federal, que libera a verba, para viabilizar essa solução.
O rompimento do contrato não acarreta custo extra para a gestão, pois será pago à empresa somente o que foi realizado.
THAYS LAVOR
REPÓRTER
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1139586