Notícias

“Os problemas do Centro de Fortaleza têm sido adiados”, afirma presidente do Conselho de Arquitetura. DN

By 16/01/2016maio 3rd, 2016No Comments

Em entrevista ao Sábado Show (16), os presidentes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Ceará e da Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza debateram sobre a situação dos espaços do Centro da Capital.

Foto: Diário do Nordeste

Foto: Diário do Nordeste

Polo econômico e cultural de Fortaleza, o Centro da cidade foi tema de debate no programa Sábado Show deste sábado (16), com Evandro Nogueira. O presidente da Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza (ASCEFORT), João Maia Júnior, e o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Ceará (CAU-CE), Odílio Almeida, falaram sobre os problemas de ocupação urbana enfrentados na região central da Capital e apontaram soluções.

Para o arquiteto, a disputa por espaço e a falta de atenção por parte da administração pública  são alguns dos fatores que contribuem para o desordenamento urbano. “Os problemas do Centro de Fortaleza têm sido adiados. Cada gestão faz um diagnóstico, estuda os problemas, aponta soluções, mas não implementa. Daí o porquê de nós termos uma série de transtornos que vêm sendo adiados, o que é ruim para o patrimônio histórico, para o desenvolvimento da economia e para a cidade”, analisa Almeida.

Ouça a entrevista na íntegra: 

O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Ceará aponta ainda que uma das soluções para melhorar a situação do Centro é a utilização da região para moradia dos fortalezenses, e não apenas para comércio, ideia rebatida pelo empresário Maia Júnior. Para o presidente da ASCEFORT, é preciso separar “centro de comércio e “centro de moradia”, visando à segurança dos empresários. “O Banco Central só foi roubado porque alugaram uma moradia lá perto”, exemplifica Maia.

Apesar disso, o empresário acredita que os espaços públicos devem ser ocupados pelos cidadãos e critica a situação vista atualmente. “Em cima da Praça José de Alencar, tem um estacionamento. O lugar é do povo. Está tudo errado, nós estamos muito insatisfeitos. O Centro hoje passa os piores períodos da história”, desabafa Maia Júnior. Segundo ele, o Centro está esquecido e só 2% dos turistas que visitam a Capital vão a passeios na região.

“Não é construir muros e grades que vai nos tornar seguros”
Os problemas relacionados à segurança de quem frequenta a região central da cidade também foram discutidos pelos profissionais. O arquiteto Odílio Almeida argumenta que é necessário um projeto de reforma urbana para tornar o Centro mais atrativo e misto, com comércios e moradias. “Arquitetura e Urbanismo têm tudo a ver com segurança. Espaços que são atrativos, frequentados e ocupados pelas pessoas para lazer e cultura, são mais seguros”, analisa, “Não é construir muros e grades que vai nos tornar seguros”, conclui o presidente da CAU-CE.

Um obstáculo para essa ocupação, segundo Maia Júnior, é a própria questão cultural dos cearenses, que não têm o Centro como prioridade.

Fonte Rádio Verdes Mares.  programa Sábado Show.